Governo incentiva ação de estudantes em defesa do clima

No final de um encontro com alguns dos estudantes que estão a preparar a iniciativa em Portugal, que acontecerá na próxima sexta-feira, dia 15 de março, Matos Fernandes salientou que a defesa do ambiente “é a mais importante das causas pelas quais as pessoas se podem manifestar”, confessando-se satisfeito por ver a motivação dos jovens para lutar pela redução das emissões de dióxido de carbono (CO2).

Matos Fernandes referiu que no encontro com os jovens, em que também participaram os secretários de Estado da Energia, João Galamba, e da Educação, João Costa, se falou do “mais ambicioso compromisso” do país, de ter já construído um roteiro para ser neutro em emissões de CO2 em 2050, sendo a próxima década a aquela onde é preciso ter mais sucesso.

Destacando a importância de formar cidadãos cada vez mais exigentes, o ministro realçou que esta é “uma causa justa” e que é também a “causa do Governo”.

No mesmo sentido, também o secretário de Estado da Educação afirmou o seu “orgulho em jovens conscientes e capazes de agir” perante o tema do clima, desafiando os jovens a fazer deste tema uma luta diária.

O movimento ‘School Strike 4 Climate’ foi criado pela ativista sueca Greta Thunberg, 16 anos, que tem alertado os líderes mundiais para a necessidade de uma maior defesa do clima.

A ação de dia 15 pretende passar a mensagem da urgência para as questões climáticas, estando previstas manifestações em 27 locais do país.

Matos Fernandes considera possível pacto ambiental em setembro

À margem do encontro, o ministro considerou ainda ser possível alcançar um pacto ambiental no âmbito das Nações Unidas já em setembro, apontando que um passo decisivo pode ser dado na Assembleia-geral para o Ambiente que decorre no Quénia.

Matos Fernandes chefia a delegação portuguesa a Nairobi, intervindo na quinta-feira numa sessão sobre energias renováveis e onde apresentará também o roteiro para a neutralidade carbónica em Portugal.

A 4 ª sessão da ONU sobre o ambiente, que começou na segunda e decorre até sexta-feira, conta com a participação de mais 95 chefes de Estado, ministros e vice-ministros e terá delegados de mais de 160 países.