Governo garante relançamento do investimento público
Manuel Caldeira Cabral respondia assim ao PSD, que agendou para ontem um debate parlamentar de urgência sobre a captação de investimento e crescimento económico, sustentando o ministro da Economia o seu otimismo nos resultados já conhecidos do primeiro semestre de 2016, em relação ao ano anterior, que apontam para o aumento de investimento estrangeiro produtivo de 70% na indústria transformadora e mais 60% de investimento no sector imobiliário.
Dois exemplos que segundo o titular da pasta da Economia desmentem o “discurso derrotista e negativista” da direita, e que mostram, segundo argumentou, que a economia “está a crescer” exceto no sector das telecomunicações porque “houve a compra da PT pela Althis”.
Depois de vincar que a taxa de crescimento do produto em 2015 “esteve quase um ano a desacelerar”, o titular da pasta da Economia referiu-se aos vários projetos de investimento privados que têm vindo a ser anunciados, referindo, nomeadamente, o “aumento de 7% do investimento por parte de empresas não financeiras”, assim como a criação de “89 mil empregos”, a par da “enorme aceleração da procura de fundos estruturais”.
Tudo indicadores que, segundo Manuel Caldeira Cabral, desmentem em absoluto o pessimismo e o derrotismo da direita, e que mostram uma realidade e uma evolução da economia portuguesa oposta à apresenta por PSD e CDS.
O ministro da Economia reconheceu contudo que o único investimento que “realmente baixou” foi o investimento público, lembrando a este propósito que os “procedimentos concursais para o lançar, demoram tempo” e que Portugal está “condicionado pelas regras europeias”. Mas garantiu que até ao final do ano o Governo vai relançar o investimento público, acelerando a injeção de fundos comunitários na economia.
100 milhões para eficiência energética
Manuel Caldeira Cabral exemplificou o incremento do investimento público com o anúncio do lançamento, “ainda esta semana”, de uma linha de investimento de 100 milhões de euros para eficiência energética em edifícios públicos, iniciativa que vai beneficiar, como garantiu, a Administração Pública, “criando emprego e fazendo baixar a prazo a despesa pública”, para além de ajudar a uma “melhoria ambiental e na saúde”.
O ministro da Economia lembrou a propósito que estas verbas do programa comunitário foram desbloqueadas por Bruxelas “há mais de um ano”, sem que o Governo anterior tivesse apresentado à União Europeia um único projeto consistente para aplicação desse dinheiro, problema, que segundo o ministro da Economia, foi ultrapassado por “este Governo em apenas quatro meses desbloqueando essas verbas”.