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Governo falha apresentação de plano em Washington

Governo falha apresentação de plano em Washington

O Governo português foi à reunião da Comissão Bilateral Permanente entre os EUA e Portugal sobre o plano para o futuro da Base das Lajes, nos Açores, fazer figura de corpo presente.

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A delegação nacional não apresentou em Washington, na passada terça-feira, qualquer plano para contrariar ou minorar a proposta norte-americana de reduzir de forma drástica a sua presença militar e o número de trabalhadores portugueses na Base das Lajes, plano que deveria estar pronto desde o passado mês de maio.

O presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Roberto Monteiro, que participou nas negociações, lamentou que a parte portuguesa não tivesse apresentado um plano para minorar a proposta norte-americana, “que já teve um impacto económico devastador na região”, acusando o Ministério da Economia de não ter “avançado em tempo útil” com qualquer ideia “como lhe competia nestas negociações”, o que representa, como salientou, “um grave prejuízo para a população do concelho da Praia da Vitória” e para a ilha Terceira, onde se localiza a base aérea.

Perante a ausência de uma qualquer proposta portuguesa no encontro em Washington, a esperança recai agora na próxima reunião da Comissão Bilateral, que terá lugar em novembro nos Açores, como recordou Roberto Monteiro, o que significa, que “teremos que esperar pelo Governo que sair das eleições de outubro” para que as conversações avancem e estabeleçam um cenário que satisfaça ambos os lados.

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Presente nesta reunião esteve também o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, que disse ter percebido “uma mudança na atitude por parte dos órgãos legislativos dos Estados Unidos da América face ao tema”, designadamente quando “valorizam a importância estratégica, quer da ilha Terceira, quer dos Açores”.

Na opinião de Vasco Cordeiro, esta mudança de atitude do lado norte-americano resulta, em parte, do “grande esforço” que mobilizou do “lado açoriano muita gente”, e que foi aumentando desde que os Estados Unidos anunciaram a intenção de reduzir a presença militar nas Lajes.