Governo está preparado para prolongar apoios ao emprego
“Estamos preparados para estender os apoios ao emprego pelo segundo semestre, se for necessário”, garante o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.
“A recuperação da economia é uma preocupação absolutamente essencial, mas o tema mais essencial é a normalização da situação sanitária”, disse esta segunda-feira o ministro da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira, durante a conferência digital ‘Retomar Portugal – Comércio Internacional’, organizada pela TSF/JN.
O ministro reconhece que “as empresas estão mal porque não há clientes”, mas confia que a pandemia irá ser superada, pelo que “nesta altura o que o Governo quer é continuar a estender apoios que permitam às empresas aguentarem até à recuperação da procura”.
Pedro Siza Vieira salientou a importância de o processo de vacinação continuar a avançar, “pelo menos os grupos de maior risco, porque isso é que assegura que próximas vagas não tenham o mesmo impacto sobre a procura de serviços de saúde e, por isso, possam ser acompanhados de medidas menos restritivas”, sublinhando, no entanto, que “enquanto durar toda esta situação o impacto na economia vai manter-se”.
O ministro de Estado considera que a estratégia de apoio às empresas e ao emprego do Governo tem tido “sucesso”, visto que a subida do desemprego tem sido “bastante contida e os encerramentos de empresas têm sido bastante reduzidos”.
Siza Vieira lembrou que, no âmbito dos novos apoios a fundo perdido do programa ‘Apoiar’, lançados pelo executivo em dezembro, já foram pagos mais 200 milhões de euros.
“Estes apoios são importantes numa altura em que as empresas levam já um ano de redução das suas receitas”, referiu o ministro.
Para Pedro Siza Vieira, a “redução o mais rápida possível do número de novos contágios e a pressão que isso significa sobre o sistema de saúde é o melhor serviço que podemos prestar à economia portuguesa neste momento”.
Face à gravidade da crise de saúde pública que o país regista nesta fase, “não é o tempo de fazer previsões ou projeções” sobre os impactos que os apoios do Governo às empresas e aos trabalhadores possam ter nas contas públicas, considerou o ministro.
“Temos é de estar preparados para dar a resposta adequada para que a crise não tenha efeitos mais nefastos sobre a economia e a sociedade do que aqueles que precisa de ter”, disse Siza Vieira.
O ministro referiu, ainda, que o Governo está a trabalhar com diversas associações empresariais no sentido de aproveitar “este tempo de menor atividade para o aumento de qualificações, seja a nível das línguas, da utilização de ferramentas digitais ou da sensibilização para novas práticas de sustentabilidade e sanitárias”.
“É importante aproveitar os momentos para reciclar os conhecimentos dos trabalhadores das empresas”, concluiu Pedro Siza Vieira.