home

“Governo está completamente esgotado e precisa de ser substituído”

“Governo está completamente esgotado e precisa de ser substituído”

António José Seguro acusou o Governo de “radicalizar” a sua posição, referindo que o PS “nunca recusará” o diálogo, mas “não abdica das suas posições” e não dará o seu “alto patrocínio” à austeridade.

“Tenho vindo a defender e a apresentar propostas concretas para que o país possa resolver os seus problemas. Quem radicalizou a sua posição foi o Governo, ao fechar todas as portas, ao não aceitar nenhuma proposta do PS e ao hostilizar o próprio PS”, referiu.

Segundo o secretário-geral do PS, “quem radicalizou o discurso e tem demonstrado impossibilidade de qualquer tipo de compromisso no país tem sido o Governo”, que “chegou ao limite” e “está completamente esgotado e precisa de ser substituído”.

“Este Governo não tem condições para continuar, mas o país tem problemas e a minha responsabilidade, a responsabilidade do PS, é de contribuir para ajudar a resolver os problemas dos portugueses”, afirmou, referindo que o PS “nunca recusará” o diálogo.

Porém, “uma coisa é o diálogo, outra coisa são as divergências que as pessoas têm em relação à situação do país”, frisou, indicando que “o PS nunca recusará, em nenhuma circunstância, o diálogo”, mas “não abdica das suas posições”.

“Não nos peçam o alto patrocínio para uma política de austeridade, da qual discordamos. Se é para terem o nosso alto patrocínio e sermos cúmplices não”, disse, lembrando que o PS “defende uma estratégia diferente”, quer que Portugal honre “todos os compromissos” e “continue na zona euro”.

“Mas, a maneira de honrar os compromissos [defendida pelo PS] é diametralmente oposta à do Governo”, sublinhou, referindo: “O Governo quer insistir na austeridade, nos cortes pelos cortes. Isso dá asneira, conduz-nos a uma tragédia social, a uma espiral recessiva. Aquilo que nós queremos é outra via”.

António José Seguro lembrou que “o PS é partido da oposição por vontade dos portugueses”. “Só estou a respeitar a vontade dos portugueses. Os portugueses, no dia 05 de junho de 2011, decidiram que o PS é um partido de oposição. Até que os portugueses decidam o contrário, o PS é um partido de oposição”, frisou.

“Tanto se serve Portugal estando no Governo como na oposição”, declarou.

“O que o país precisa é de mudar de caminho, de política, porque se insistirmos na mesma política, a da austeridade, vamos colher piores resultados do que já temos atualmente”, acrescentou.