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Governo está a preparar tudo para ter a primeira distribuição da vacina em janeiro

Governo está a preparar tudo para ter a primeira distribuição da vacina em janeiro

A ministra da Saúde, Marta Temido, revelou hoje que o Governo está a “preparar tudo” para poder ter disponível a primeira distribuição da vacina contra a Covid-19 em janeiro, adiantando que a estratégia de distribuição está a ser trabalhada em quatro tópicos: a população alvo a vacinar e os grupos prioritários, a logística de transporte e armazenamento, o registo da sua administração e a comunicação.

“Está uma ‘task-force’ a acompanhar o tema, com elementos dos serviços centrais, da DGS e peritos, que deve fazer essa definição”, afirmou a governante, ao podcast do PS ‘Política com Palavra’, sublinhando que estarão em análise os grupos alvo acima de determinada idade, as pessoas com comorbilidades, os profissionais de saúde e dos serviços essenciais, como proteção civil e forças de segurança, e, eventualmente, os dos serviços sociais.

“A definição concreta e prioridades ainda terão de ser mais bem especificadas”, explicou.

Apenas quem tem indicação deve vacinar-se contra a gripe

Na entrevista ao ‘Política com Palavra’ conduzida pelo jornalista Filipe Santos Costa, a ministra da Saúde alertou também para a importância de apenas ser vacinado contra a gripe quem tem essa recomendação médica,tal como deve suceder em relação a qualquer vacina, lembrando que a disponibilidade oferecida pelo mercado é sempre limitada.

“É importante dizer que só deve vacinar-se quem tem critério… é importante que se perceba isto, para todas as vacinas. (…) Há indicações terapêuticas que devem ser seguidas. Eu, por exemplo, não me vacinei”, afirmou a governante.

A ministra explicou que as vacinas da gripe são, todos os anos, fabricadas “em quantidade limitada” e que o Governo adquiriu para o SNS “toda a quantidade que podia”, mais de dois milhões de doses, às quais se somam as cerca de 500 mil que as farmácias conseguiram comprar.

Estes 2,5 milhões de doses disponíveis, referiu, “seriam suficientes para a vacinação que habitualmente o país faz”, adiantando que foram já administradas 1,4 milhões de doses da vacina da gripe e que há ainda 400 mil em ‘stock’ para serem administradas.

“A última fatia – de 200 mil doses – chegará no final do mês”, disse Marta Temido, lembrando que “não há mais vacinas disponíveis no mercado mundial”, o que reforça a recomendação de a vacina ser dirigida para quem tem indicação e critério para a fazer.