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Governo está a dar mais uma machadada na Escola Pública

Governo está a dar mais uma machadada na Escola Pública

O encerramento de 311 escolas do ensino básico demonstra que o Executivo vê o Interior como um “fardo”.

Para António Galamba, o Governo tem um “preconceito contra a escola pública”, que cria “uma generalizada incerteza na comunidade educativa, em especial, nos alunos”. “O Governo PSD/CDS continua a ver o Interior, as suas populações e os seus territórios, como um fardo e não como uma oportunidade para o desenvolvimento integrado do nosso país”, critica. O Secretário Nacional sustenta que, “depois da extinção de Freguesias, do encerramento e desclassificação de tribunais, do fecho de estações dos correios e do encerramento encapotado das repartições de finanças convertidas em pseudo-lojas do cidadão, sem que os serviços que agora são prestados pelos trabalhadores das finanças se mantenham, o governo quer continuar a ir mais longe”. “Só a arrogância do Governo não permite ver que depois de todos os encerramentos de serviços concretizados no Interior, nos últimos três anos, esta é mais uma machadada em qualquer expectativa de combate à desertificação nos territórios de baixa densidade populacional”, afirma.

Quanto ao diálogo que o Governo diz ter com as entidades locais, António Galamba contrapõe que “não há diálogo quando os representantes do Governo colocam à frente dos eleitos locais uma minuta de ata que decreta o fim de escolas que as autarquias querem manter em funcionamento”. “O Governo diz que dialoga, diz que ouve, mas no fim é sempre a sua vontade que prevalece. De pouco importa a opinião das autarquias, dos professores, dos pais ou de outros elementos das comunidades educativas, no fim são sempre aplicados mais cortes cegos”, sublinha.  “Perante tanta insensibilidade e tanta falta de bom senso, com as pessoas e com os territórios, o Partido Socialista reafirma o seu compromisso com a Escola Pública e com a qualificação dos portugueses par uma sociedade com igualdades de oportunidades e mais justiça social”, assegurou.