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Governo está a conduzir o país para uma catástrofe

Governo está a conduzir o país para uma catástrofe

O líder parlamentar do PS acusou o Governo de estar a conduzir Portugal para “uma catástrofe económica e social”, considerando que o país vive “um cenário perfeito de espiral recessiva” que reclama uma mudança de políticas.

“A teimosia do Governo está a conduzir Portugal à beira de uma catástrofe económica e social, ontem soubemos que o número de desempregados atinge quase o milhão, 40% dos jovens qualificados estão desempregados e hoje ficámos a saber que as piores previsões do Governo em relação à quebra da economia foram ultrapassadas”, afirmou.

Segundo Carlos Zorrinho, os dados do INE que apontam para o recuo da economia portuguesa para 3,2% em 2012 revelam que “a situação está má e está a piorar”: “Estamos num cenário perfeito, infelizmente, de espiral recessiva, de menos rendimento, menos emprego, menos crescimento”.

“Perante isto o que faz o Governo? O primeiro-ministro é uma espécie de comentador piedoso, vai descrevendo o que está a correr mal e vai mostrando alguma fé em que alguma coisa mude, mas nada muda por acaso, as coisas mudam quando se mudam as políticas, esta política está profundamente errada e os portugueses estão a sofrer muito com a sua aplicação”, criticou.

Carlos Zorrinho exortou, ainda, o Executivo de Passos Coelho a revelar o que vai propor à troika: “Hoje é quinta-feira, para a semana temos cá a troika, esta comissão era para discutir o corte dos quatro mil milhões de euros, bem, não houve comissão, mas nós esperamos que o Governo diga aos portugueses o que é que vai propor à troika, onde é que vai cortar, esperamos não ser de novo surpreendidos por um acordo secreto”.

O presidente do grupo parlamentar do PS disse, depois, não entender “porque é preciso criar uma nova comissão” para debater a reforma do Estado.

“Devemos discutir esta reforma em todas as comissões, há uma parte que é certamente a reforma do sistema de saúde, uma parte que é reforma do sistema educativo, do sistema de segurança, porque é que havemos de criar uma comissão nova para isso? Discutamos, façamos da discussão da reforma do Estado uma prioridade da Assembleia da República, nós estamos disponíveis”, afiançou.

“Todos os partidos da oposição manifestaram ontem mesmo que esta comissão era instrumentalizada pelo Governo, que tinha definido o seu objetivo, ainda por cima com uma maioria, e que era convalidar uma decisão que o Governo tinha tomado sem ouvir a Assembleia”, sublinhou.