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Governo está a cair nos braços da extrema-direita e pode contar com oposição firme do PS

Governo está a cair nos braços da extrema-direita e pode contar com oposição firme do PS

O Secretário-Geral do PS, José Luís Carneiro, criticou o primeiro-ministro por “levar o Governo para os braços da extrema-direita” e assegurou que o Partido Socialista não se habituará “à desumanidade, à violência e ao ódio que estão a tomar conta da sociedade portuguesa”.

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Durante o debate sobre o Estado da Nação, o líder do Partido Socialista defendeu que “os democratas portugueses estão perplexos” com o facto do Governo da AD “alterar a sua política do ‘não é não’ pela política do ‘sim é sim’” ao Chega.

“Política essa traduzida na altivez da expressão do líder parlamentar do PSD do ‘habituem-se’”, criticou José Luís Carneiro, garantindo que o PS não se habituará, pois o Partido Socialista representa “a defesa da liberdade, da justiça, da igualdade e do humanismo”.

Para o Secretário-Geral do PS, os democratas “estão estupefactos também com a mistura leviana da nacionalidade, da imigração e da segurança”. “Colocar tudo no mesmo saco é uma grave irresponsabilidade, porque ameaça a paz social e coloca em causa uma linha fundamental da nossa política externa na relação com os países africanos de língua oficial portuguesa, onde estão milhares de cidadãos portugueses e milhares de empresas portuguesas”, advertiu.

José Luís Carneiro considerou mesmo esta posição do executivo uma “irresponsabilidade” e comentou que espera que o primeiro-ministro “tenha consciência dos efeitos nefastos dessas opções para uma linha fundamental com os países irmãos de língua oficial portuguesa”.

“O primeiro-ministro quer levar o seu Governo para os braços da extrema-direita, contará com uma oposição firme do Partido Socialista na denúncia dos valores que colocam em causa a marca de um país humanista, tolerante, aberto ao mundo e compreensivo”, afiançou. José Luís Carneiro reafirmou que Portugal é “um país humanista que tem mais de cinco milhões de portugueses no estrangeiro que não deixarão de sofrer os efeitos das opções” que o Governo está a tomar.

Apagão nas políticas públicas

O Secretário-Geral do Partido Socialista garantiu que a “receita eleitoralista” anunciada pelo primeiro-ministro no debate desta tarde “mostra bem a falta de um plano de desenvolvimento económico e social para o país”: “Medidas avulsas e nenhuma visão de desenvolvimento económico”.

“O que se sente ao longo dos últimos meses é um apagão nas opções de política pública. De educação à ciência, da saúde, da cultura à habitação não há políticas públicas, há um vazio, há lacunas nas opções de política do Governo”, acusou.

José Luís Carneiro lembrou mesmo quando, em agosto passado, o Governo prometia “um plano para a gestão e a coordenação das emergências no país”. No entanto, hoje o primeiro-ministro chega ao debate e não apresentou esse plano, nem respondeu às perguntas “sobre o plano de coordenação das emergências para Lisboa e Vale do Tejo e para a península de Setúbal, onde estão mais de 800 mil pessoas sem uma resposta estruturada, segura e previsível”.

Esta posição do executivo contrasta com a do Partido Socialista, que nos últimos dias fez chegar várias propostas para melhorar as respostas do nosso país, nomeadamente na coordenação da emergência. “O Partido Socialista está aqui para defender as suas convicções, os seus valores e os seus princípios”, disse.

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