Governo empobreceu o país
O vice-presidente da bancada do PS João Paulo Correia acusou o Governo de criar “instabilidade diária” no país, como o “caos nas urgências hospitalares e o caos no arranque do ano escolar, para além de um vasto conjunto de trapalhadas, como por exemplo de diversos concursos na área dos transportes e o recente caso da lista VIP de contribuintes”.
“Só um Governo em estado de negação é que não consegue ver o falhanço da sua competência e do seu modelo económico”, alerta.
João Paulo Correia sublinhou o falhanço do Governo quando tentou “alavancar e reestruturar a economia pelo contributo exponencial da procura externa líquida”, lembrando que “quem o diz não são só os partidos da oposição”, mas também o FMI, a Comissão Europeia e a OCDE.
O deputado socialista defende que o crescimento da economia não pode ficar desligado da condição social das famílias, uma vez que “um país pobre tem menos condições para se desenvolver no plano económico”.
João Paulo Correia lembrou que o PS apresentou inúmeras propostas para criar condições de sustentabilidade para as famílias portuguesas e para a capacidade produtiva do país, tais como o aumento do abono de família, do abono pré-natal, a reposição dos passes escolares, o prolongamento por seis meses do subsídio social de desemprego, a manutenção da cláusula de salvaguarda do IMI, a suspensão das penhoras de habitações próprias e permanentes por dívidas fiscais e a redução da taxa intermédia do IVA para a restauração. No entanto, lamentou, “todas estas propostas foram reprovadas pelos partidos do Governo”.
“A política de austeridade não tornou o país mais competitivo, não fez crescer a economia, aumentou a dívida pública, aumentou o desemprego e aumentou as desigualdades sociais”, afirma.
O deputado socialista acusa, assim, o Governo de ter empobrecido o país, de ter desmantelado o Estado Social, de ter confundido rigor com cortes de salários e pensões, e de ter confundido a reforma do Estado com esvaziamento e encerramento dos serviços públicos de proximidade.
“Portugal precisa de um novo horizonte de esperança, um caminho que inverta a atual dinâmica de empobrecimento e que reforce a proteção social” e o Partido Socialista “é o maior referencial de confiança dos portugueses na alternativa política aos partidos do Governo”, defende.