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Governo elogia competência dos bombeiros e realça prioridade à salvaguarda das populações

Governo elogia competência dos bombeiros e realça prioridade à salvaguarda das populações

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, destacou ontem, no terreno, que as operações de combate aos incêndios que atingiram nos últimos dias os concelhos de Sertã, Vila de Rei e Mação, observaram um “cumprimento rigoroso”, na coordenação e mobilização de meios, na prioridade absoluta à salvaguarda da vida humana e das populações.
Governo elogia competência dos bombeiros e realça prioridade à salvaguarda das populações

“Houve um cumprimento rigoroso daquelas que são as orientações estratégicas definidas no modelo de combate aos incêndios rurais: prioridade absoluta à salvaguarda da vida humana, à salvaguarda das populações, das aldeias, das zonas residenciais”, afirmou o governante, em Mação, no distrito de Santarém, na sequência da visita aos postos de comando que têm coordenado o combate aos incêndios na região Centro.

Eduardo Cabrita, que esteve também presente no distrito de Castelo Branco, manifestou “toda a solidariedade” às populações mais diretamente atingidas, tendo deixado um elogio particular aos bombeiros voluntários presentes no terreno, dando prova de que o voluntariado é competente, qualificado e responde de forma adequada às circunstâncias.

“Os bombeiros voluntários foram a componente numericamente mais significativa. Tivemos aqui bombeiros de Beja ao Porto, além dos locais, e mais de 20 grupos de reforço, provando que o voluntariado é um voluntariado competente e verdadeiramente qualificado, que responde de forma adequada nestas circunstâncias”, assinalou.

O governante sublinhou também a presença das estruturas profissionais, quer dos bombeiros da Proteção Civil, quer a presença das Forças Armadas, destacando igualmente o papel logístico do Exército.

O incêndio que deflagrou no sábado em Vila de Rei, distrito de Castelo Branco, e que se propagou ao concelho de Mação, já em Santarém, ficou ontem dominado, tendo Eduardo Cabrita referido que, estando ainda numa fase de prevenção e de vigilância, não há nenhuma redução dos meios que estão no terreno até que se considere verdadeiramente seguro determinar a sua desmobilização.

Gestão da floresta integrada com escala é fundamental para a prevenção

O ministro voltou a realçar que as alterações climáticas e a característica da floresta portuguesa “exigem uma resposta que já está a ser dada”, com os mecanismos da reforma da floresta, a par da adaptação dos planos diretores municipais a planos regionais de ordenamento da floresta.

“Estes colocarão, também num quadro de responsabilidade partilhada e descentralizada, na mão dos municípios uma palavra decisiva sob o modelo de ordenamento da sua floresta. Esse é um trabalho de fundo que já está a ser feito e que nos permitirá seguir um caminho que estamos já a ter”, frisou.

Salientando que, nos últimos dois anos, se registou já uma redução significativa do número de incêndios e da área ardida, Eduardo Cabrita apontou ser esse o “trabalho que temos que prosseguir”, sublinhando que decisões, como as que foram tomadas recentemente na Assembleia da República para alargar a todo o país o cadastro florestal, “são decisivas”.

“Uma gestão da floresta integrada com escala é fundamental para a prevenção. Julgo que o combate demonstrou, mais uma vez, uma capacidade de responder às suas prioridades estratégicas”, concluiu.