home

Governo e PCP estão obcecados pelo PS

Governo e PCP estão obcecados pelo PS

O líder parlamentar do PS acusou os partidos da maioria e o PCP de terem “uma enorme obsessão pelo Partido Socialista”.

No final da reunião do grupo parlamentar, Carlos Zorrinho defendeu que, “no momento em que o país deveria estar todo concentrado num esforço para uma boa negociação com a troika, o que verificamos é, da parte do PP, do PSD e do Partido Comunista, uma enorme obsessão pelo Partido Socialista”. E explicou porquê: “O Partido Socialista é o único que tem apresentado soluções, quer soluções para o país, quer soluções em termos de poder local”.

Acusou, depois, Pedro Passos Coelho de ter feito eleitoralismo “há dois anos, quando prometeu tudo ao contrário daquilo que está agora a realizar, e quando atingiu o poder com um programa completamente oposto ao programa que está agora a aplicar”.

Carlos Zorrinho afirmou que “a credibilidade do país é muito importante” e demostrou preocupação “com a credibilidade do Governo e de cada elemento do Governo. Não é um julgamento político, o julgamento político já foi feito quando apresentámos uma moção de censura, é um julgamento ético. É cada vez mais evidente que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, eticamente não falou verdade ao Parlamento, e uma ministra que está ferida eticamente não tem a credibilidade necessária para poder prosseguir estas negociações em nome do país”.

O presidente da bancada parlamentar considera que “esta ministra perdeu as condições para exercer o mandato”, porque “ainda na comissão dos swap foi comprovado que tinha contactado muito com estes instrumentos de risco. É também provado que já utilizou esses instrumentos de risco nesta sua função, ou seja, o que está a acontecer é que todos os dias vamos descobrindo coisas novas sobre os swap. Descobrimos também que o atual porta-voz do PSD, Marco António Costa, afinal era um defensor destes instrumentos no Metro do Porto. Todos os dias estamos a descobrir algo de novo neste processo”.

Carlos Zorrinho recordou as demissões de gestores públicos e secretários de Estado para sustentar que “é muito grave a ministra ser juiz em causa própria. Isso é inaceitável!”.  “Ponha a mão na consciência”, sublinhou o líder parlamentar, porque a ministra das Finanças está a exercer funções “em condições diminutas”.