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Governo e os portugueses estão a combater as desigualdades em conjunto

Governo e os portugueses estão a combater as desigualdades em conjunto

A presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, Ana Catarina Mendes, saudou hoje, no Parlamento, o Governo por, em tempo de pandemia, não se ter deixado “tolher pelo medo” e ter agido “em tempo para reforçar o Estado social e o investimento público”, possibilitando uma resposta eficaz às “famílias, aos trabalhadores, às empresas”.

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Governo e os portugueses estão a combater as desigualdades em conjunto

Ana Catarina Mendes começou a sua intervenção no debate sobre o estado da nação a elogiar as “palavras de confiança, de esperança e de realismo” levadas às Assembleia da República pelo primeiro-ministro, António Costa, “perante a pandemia que estamos a viver”, o que contrasta com o discurso do presidente do PSD, Rui Rio, que falou “como se nada tivesse acontecido nesta sessão legislativa e como se estes últimos meses não tivessem sido trágicos para todos”.

“A verdade é que no final desta sessão legislativa, no balanço do estado da nação, não podemos ignorar de onde partimos e como foi possível responder a esta pandemia”, frisou a líder parlamentar do PS, que recordou que o país partiu de uma “economia resiliente, cuja dívida estava a baixar, com um défice baixo e histórico, com excedente orçamental histórico que permitiu que os serviços públicos respondessem, em particular a robustez do Serviço Nacional de Saúde, que soube dar resposta, sem parar, a todos aqueles que dela necessitaram”.

Para Ana Catarina Mendes é “inegável” que “um Estado social forte é um Estado capaz de responder a todas as necessidades das pessoas”.

Em nome do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, a presidente da bancada saudou o primeiro-ministro pelas medidas adotadas para “acudir aos mais idosos, para acudir aos mais jovens, para acudir a todos, porque em Portugal e para os socialistas os portugueses não estão uns contra os outros, estamos todos em conjunto a combater as desigualdades”.

E notou que em pleno estado de emergência a democracia foi sempre respeitada, já que o Parlamento não foi encerrado. Pelo contrário, “o Parlamento, em conjunto com o Governo”, trabalhou para “encontrar todas as respostas necessárias às preocupações das pessoas”.

Acordo na Europa tem a marca de Portugal

Ana Catarina Mendes sublinhou também “o que foi alcançado esta semana na Europa”, uma vez que o Conselho Europeu aprovou um Quadro Financeiro Plurianual para 2021-2027 de 1.074 mil milhões de euros e um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões, dos quais 390 mil milhões serão atribuídos em subvenções, transferências a fundo perdido, e os restantes 360 mil milhões em forma de empréstimo. Portugal irá receber cerca de 45 mil milhões de euros nos próximos sete anos.

“Aquilo que foi conquistado na Europa tem também a marca de Portugal, porque Portugal mostrou ao longo destes cinco anos que era possível uma alternativa à austeridade e que em crises não se responde com cortes, responde-se com proteção, responde-se com dinheiro, com respostas concretas para as pessoas”, garantiu. Por todos estes motivos esta vitória “não podia ter passado em branco pela bancada do maior partido da oposição”, lamentou a dirigente socialista, dirigindo-se aos social-democratas.

A Europa “respondeu de forma inovadora, rápida e eficaz” e, por isso, “não podemos desperdiçar a oportunidade para, com estes fundos, modernizar a nossa economia”, melhorar a integração de Portugal na competitividade internacional, acelerar a transição digital e o combate às alterações climáticas – “dois objetivos, aliás, que estão no programa do Governo e que estavam no programa eleitoral do Partido Socialista” –, e, sobretudo, “não podemos desperdiçar a oportunidade para reduzir as desigualdades, eliminar a pobreza”, a “linha vermelha” do Partido Socialista.

O PS vai continuar a trabalhar para eliminar a pobreza “reforçando ainda mais o Estado social, revalorizando os serviços públicos, recuperando o persistente défice de qualificações, em particular das gerações de adultos já inseridos no mercado de trabalho”, qualificando o emprego e aumentando os rendimentos das famílias, enumerou.

“É com otimismo, com confiança, com os olhos postos no futuro que conseguiremos construir um Portugal ainda melhor”, asseverou Ana Catarina Mendes.