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Governo é incapaz de aproveitar Plano Juncker

Governo é incapaz de aproveitar Plano Juncker

O PS, pela voz do seu dirigente Fernando Medina, acusou o atual Governo de ser “absolutamente incapaz” de aproveitar as “novas oportunidades de mudança” que a União Europeia está a abrir ao país, considerando que o Plano Juncker de investimentos representa tudo o que o Executivo de direita “sempre negou”.

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Governo é incapaz de aproveitar Plano Juncker

Apesar das “limitações e insuficiências” que ainda tem o Plano Juncker, Fernando Medina realçou a importância estratégica para a economia portuguesa do programa de investimentos da Comissão Europeia, que aponta prioridades “muito claras”, por exemplo, a dinamização da procura por via do investimento, nomeadamente público.

Só que, acusou o dirigente nacional do PS, o Plano Juncker é “tudo aquilo que o Governo português sempre negou”. Ou seja, “negou que Portugal necessitasse de uma resposta europeia, e este é um programa à escala europeia; negou em absoluto a necessidade de um investimento de iniciativa pública; e negou em absoluto os elementos que permitiriam a Portugal recuperar mais rapidamente da crise”.

Em conferência de Imprensa, no Largo do Rato, Fernando Medina lembrou, a propósito, que “temos um Governo que renegou a necessidade de uma política europeia, mas, fundamentalmente, negou a necessidade do investimento de iniciativa pública como catalisador e promotor da recuperação económica”, acrescentando que o Executivo de Passos e Portas é, por isso, “absolutamente incapaz de aproveitar as novas oportunidades que a mudança europeia está a abrir ao país”.

O secretário nacional do PS considerou “atabalhoada e displicente” a forma como o Governo apresentou a lista dos primeiros projetos à Comissão Europeia.

“Na lista dos primeiros projetos constam muitos dos projetos que foram abandonados ao longo dos últimos anos, encontrando-se lá o apoio à energia eólica ou a construção de barragens”.

No fundo, frisou, isto demonstra “a nenhuma convicção do Governo face a este programa de investimentos, que foi sempre desvalorizado pelo atual Executivo”.

Para Fernando Medina, o atual Governo “revela uma ausência de fundo” no que respeita a “um programa concreto de investimento sólido e estruturado dirigido à superação dos bloqueios nacionais”, considerando que na candidatura de Portugal “não encontrarão um programa destinado à qualificação dos jovens, ao combate ao abandono e insucesso escolar, um programa de investimento destinado à promoção do sistema científico, nem um programa virado para o apoio à inovação das empresas ou para a reabilitação urbana”.

Ou seja, concluiu, “não encontrarão lá nada do que é verdadeiramente estratégico para Portugal”.

“A economia pode crescer, não por via do investimento público, mas por via do investimento privado. Isso já aconteceu no passado, não há razão para não acontecer agora”
Pedro Passos Coelho
Outubro de 2014

A resposta europeia, corporizada no plano de investimentos Juncker, é uma oportunidade que está a acontecer agora. E olha para o futuro.