Governo do PS saberá encontrar alternativas se for vontade do Parlamento inviabilizar a TSU
O presidente do PS e líder parlamentar socialista admitiu ontem, depois de se ter reunido com uma delegação da CGTP, liderada por Arménio Carlos, que caso a medida acordada com os parceiros sociais e a UGT, de descida da TSU para os empregadores em 1,25%, venha a ser inviabilizada no Parlamento, cabe ao Governo respeitar a decisão maioritária da Assembleia da República e encontrar uma solução alternativa.
O importante, neste caso, afirmou Carlos César, é que se encontre uma solução que “dê também aos nossos empresários confiança e estímulo para a sua dinamização económica”, sublinhando que agora é tempo de esperar pela decisão do Parlamento.
Recorde-se que a líder do BE, Catarina Martins, já veio defender em alternativa à baixa da TSU, como forma de compensar sobretudo as pequenas e médias empresas, a redução dos custos da energia para as empresas ou a diminuição dos pagamentos especiais por conta, uma medida que foi instituída no Governo de Durão Barroso, pela então ministra Manuela Ferreira Leite, defendendo Carlos César, em relação à primeira proposta, existirem algumas “dificuldades no que respeita a uma maior redução da fatura energética”.
Admitindo que “há áreas em que é possível avançar mais nesta fase e outras em que não é possível avançar tanto”, o líder parlamentar socialista foi contudo claro quando afirmou que só há polémica “em torno da TSU”, porque o Governo do PS “aumentou o salário mínimo nacional para 557 euros”, algo que “não aconteceria”, como garantiu, se hoje “tivéssemos um Governo do PSD/CDS”.
Um aumento, como mencionou, que veio “melhorar a vida de milhares e milhares de famílias em Portugal” e que por vontade da direita estariam ainda a passar por momentos muito difíceis.
Envolver os parceiros sociais
Para Carlos César, caso a descida da TSU em 1,25 pontos percentuais para os empregadores, como compensação pelo aumento do salário mínimo, venha a ser chumbada no Parlamento, o importante, considerou, “é transmitir aos nossos empresários”, sobretudo, como referiu, aos das “pequenas empresas com maiores dificuldades na sua adequação a um novo nível de despesa salarial”, a confiança do Estado nessa sua nova “conduta em termos de responsabilidade social”.