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Governo desiste do país e mata os sonhos dos portugueses

Governo desiste do país e mata os sonhos dos portugueses

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O Governo PSD/CDS-PP é um Executivo “de braços caídos”, que “desistiu de Portugal” e “está a matar os sonhos dos portugueses”, acusou o secretário-geral do PS, António José Seguro, no dia 29 de janeiro, após encerrar o encontro de autarcas socialistas “Visão e Ambição para o Poder Local”, que decorreu na vila alentejana de Ourique.

“Este é um Governo de braços caídos. É um Governo que só aplica o programa da 'troika'. É um Governo que desistiu, há muito, de Portugal. Este Governo está a matar os sonhos dos portugueses. Não está a dar esperança aos jovens portugueses. Isto é inaceitável”, afirmou Seguro aos jornalistas, sublinhando que as políticas do Executivo de direita “denotam uma paixão, uma obsessão pela austeridade” como “única resposta para sairmos da crise”.

“E se mesmo a austeridade, que já é aplicada, não resolver os problemas, o Governo tem outra solução: que é mais austeridade”, criticou o líder socialista, reiterando que “este não é o caminho” para Portugal.

Segundo José António Seguro, o país precisa, como “caminho alternativo”, de “uma agenda para o crescimento económico e o emprego”, o que implica “medidas e políticas nacionais e ao nível europeu”.
Para o líder do PS, “em momentos de crise não há tempo a perder, tem que se ter lucidez, tem que se olhar para os indicadores e perceber que esta receita que o Governo está a aplicar é errada, que a austeridade não é solução”.

Depois, reconhecendo que se hoje fosse primeiro-ministro também tinha que adotar medidas de austeridade, Seguro garantiu que “ queria ter, pelo menos, mais um ano para consolidar as nossas contas públicas”, sublinhando que “o problema” da austeridade aplicada pelo Governo “está na dose e no ritmo”.

Nesta ordem de pensamento, António José Seguro criticou o programa de assistência financeira imposto à Madeira, por insistir na “receita de empobrecimento” aplicada no Continente.

Durante a visita que realizou à Feira do Fumeiro de Montalegre, no dia 28 de Janeiro, Seguro lamentou que os madeirenses sejam “duplamente prejudicados por esta opção”, referindo tratar-se de “um acordo entre familiares do PSD, que aplica àquela região autónoma a mesma receita do Continente”.

Para a Madeira como para o país, a solução passa, na perspectiva de Seguro, por “gerar riqueza”, porque só assim se conseguirá “criar emprego e pagar as dívidas”.

Também nesta ocasião, António José Seguro reiterou críticas “à lentidão” das instâncias europeias na reação à crise das dívidas soberanas e preconizou um papel mais ativo do Banco Central Europeu, nomeadamente a possibilidade de emitir moeda.

Defendeu ainda a possibilidade de emissão de euro-obrigações e a criação de um governo económico.
De resto, sublinhou que os líderes europeus “começam agora a preocupar-se com o crescimento económico” e manifestou o desejo de que essa preocupação se traduza em “medidas concretas”.

A outro nível, o líder do PS exigiu que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, esclareça uma notícia dada pelo “Público” segundo a qual Silva Carvalho preparou um plano para reestruturar as secretas quando já se encontrava ao serviço da empresa Ongoing.

“É necessário que o primeiro-ministro venha a público esclarecer essa notícia”, sublinhou Seguro, lembrando que ao longo dos últimos meses têm surgido várias notícias que envolvem os serviços secretos portugueses e que relatam “casos de promiscuidade”.

Já sobre a Justiça, criticou a proposta de reformulação do mapa judiciário, que prevê apenas um tribunal por distrito, considerando que se trata de “insistir no erro de encerrar serviços para introduzir racionalidade económica”.

O dirigente socialista defendeu, por outro lado, que se deve manter a tolerância de ponto no Carnaval, “não só por razões culturais, mas também por razões económicas”, tendo em conta que se trata de festejos que são, em muitas localidades, “fatores de dinamismo económico”.

Antes, na Câmara de Montalegre, o secretário-geral do PS anunciou que o sítio de Internet do partido vai registar todas as promessas que for fazendo enquanto líder da oposição.

“Faço-o para que fique claro a exigência que coloco quando apresento uma promessa”, clarificou, vincando ser preciso “dar exemplos para reconciliar as pessoas com a política”.