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Governo demonstra uma “ineficácia absoluta” no apoio ao financiamento das empresas

Governo demonstra uma “ineficácia absoluta” no apoio ao financiamento das empresas

Eurico Brilhante Dias acusou o Governo de “ineficácia absoluta” na procura de soluções para facilitar o financiamento das empresas e considerou que este problema contribui para a quebra nas exportações nacionais.

Perante os dados do INE, que estimou que as exportações de bens caíram 4,4% em fevereiro face ao mês anterior, o dirigente socialista afirmou que o Governo português “tem sido de uma ineficácia absoluta” no apoio ao sector exportador nacional.

“O PS já propôs várias medidas para embaratecer o financiamento, mas o Governo não aceitou nenhuma. Os custos do financiamento estão a estrangular as pequenas e médias empresas e o sector exportador português”, defendeu.

Para o secretário nacional do PS, “as exportações portuguesas estão a decrescer essencialmente por causa de dois efeitos”.

“Em primeiro lugar, o Governo português parece que ainda não percebeu que o sector exportador está a financiar os seus investimentos e o capital necessário para financiar novas encomendas a taxas de juro elevadíssimas. Em segundo lugar, os mercados de destino das exportações portuguesas apresentam uma forte concentração na União Europeia, e os nossos parceiros europeus continuam todos a adotar políticas pró cíclicas. Com a austeridade a estender-se a quase toda a União Europeia, entrou-se numa situação em que ninguém compra a ninguém e as exportações decrescem”, apontou.

Eurico Brilhante Dias considerou, depois, que o Executivo “tem de atacar urgentemente o problema do financiamento da economia”.

“Enquanto o Governo não resolver este grave problema do financiamento, Portugal não vai conseguir ter uma saída sustentada da atual crise, em particular por via do aumento das exportações. O investimento em Portugal tem apresentado decréscimos muito significativos. E, enquanto não houver capacidade de investimento na capacidade instalada, vão subsistir dificuldades em aumentar as exportações”, advertiu.