Num vídeo divulgado nos canais de comunicação do Partido Socialista, o Secretário-Geral do PS aponta que, se nos primeiros 30 dias de mandato, o país tinha um Governo de combate, “já nos segundos 30 dias, continuamos a ter um Governo de combate e de campanha”.
“Mas é uma campanha sem nenhuma estratégia, com medidas avulsas”, critica o líder socialista, explicando que a maioria das decisões do executivo de direita já estavam previstas para 2025 e foram antecipadas, ou já tinham sido tomadas durante a anterior governação socialista, ou “nem têm sequer custo orçamental apresentado”.
Aliás, assinala Pedro Nuno Santos, “o tema das contas públicas desapareceu” do discurso do executivo liderado por Luís Montenegro durante estes primeiros dois meses em funções.
Num balanço dos primeiros 60 dias da atividade executiva da direita, Pedro Nuno Santos reitera, assim, que o executivo chefiado por Luís Montenegro “não governa para Portugal inteiro”, sendo “um Governo de alguns”, algo que, sublinha, “se vê em quase todas as suas propostas”.
Neste ponto, exemplifica com as alterações no IRS pretendidas pelo Governo, em que “a poupança fiscal está dirigida para os 10% que ganham mais”, mas também com as medidas destinadas aos jovens, aprovadas no Conselho de Ministros, que, salienta, “beneficiam apenas os mais altos rendimentos”.
Por isso, o líder socialista acusa o Governo da AD de se ter transformado numa “frente eleitoral em campanha” e de governar apenas para os mais ricos.
“Como todos os governos da direita, governam para quem tem mais, deixando sempre para depois aqueles que ganham menos”, critica.
Em contraponto, o líder do PS reafirma a necessidade urgente de termos “um Governo que governe para todos os portugueses e que não esteja apenas preocupado em combater o Governo anterior ou em anunciar medidas apenas com o objetivo de travar contendas eleitorais”.