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Governo da AD despreza o investimento na escola pública

Governo da AD despreza o investimento na escola pública

A vice-presidente da bancada do PS Isabel Ferreira acusou ontem o Governo de desprezar o investimento na escola pública, “privilegiando o ensino privado”, e criticou-o por estar em “campanha permanente, lançando programas feitos de forma precipitada”.

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“O atual Governo criou expectativas de resolução fácil e imediata de problemas em áreas determinantes para os portugueses como a educação e a saúde, sem refletir sobre as causas estruturais dos mesmos”, alertou a socialista durante o período de declarações políticas.

Isabel Ferreira recordou que PSD e CDS “anunciaram planos de emergência ineficazes e agora, conscientes de que defraudaram as expectativas criadas e perante a desilusão de todos, argumentam que é preciso tempo para a resolução dos problemas”.

Para a deputada do PS, “é demasiado evidente que o Governo da AD está em campanha permanente, lançando programas feitos de forma precipitada e, em muitos casos, desprovidos de novidade”.

Ora, “em vez de trazer respostas estruturais, o Governo decidiu criticar e desaproveitar o melhor instrumento que teve ao seu dispor – o concurso de professores –, dizendo que tinha vagas a mais”, lamentou Isabel Ferreira, salientando que “foram cerca de 71 mil professores a concurso e a verdade é que há milhares de alunos sem professor”.

A vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS assegurou que “sem o concurso ambicioso que foi feito” pelo Governo do Partido Socialista, “o cenário seria, seguramente, muito pior, mas, sobretudo, a precariedade seria imensa”. “Este concurso permitiu aos professores vincularem, aproximarem-se da sua residência e fixarem-se em escolas. Juntamente com o alargamento dos quadros de zona pedagógica, foi a maior operação de estabilização da vida dos professores”, congratulou-se.

Isabel Ferreira notou que “a precariedade não parece preocupar o atual Governo, que despreza o investimento na escola pública, privilegiando o ensino privado”.

A socialista referiu-se também ao início do ano letivo: “A organização do ano letivo foi tardia, com enorme pressão sobre os diretores das escolas que não tinham turmas autorizadas devido aos sucessivos problemas no portal das matrículas. O guião da organização do ano letivo chegou a 7 de agosto e foi logo acusado por professores e diretores de ilegalidades. Tardou também a confirmação das renovações dos técnicos especializados”.

Isabel Ferreira destacou, depois, o relatório da OCDE ‘Education at a glance 2024’ apresentado ontem, que “demonstrou a assertividade da governação PS em vários domínios, designadamente no aumento da qualificação da população, nos resultados educativos dos emigrantes, no investimento em cuidados de infância, no aumento da participação em educação e formação de adultos, e na trajetória crescente de investimento em educação”.

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