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Governo coloca aposta nas regiões transfronteiriças na agenda pós 2020

Governo coloca aposta nas regiões transfronteiriças na agenda pós 2020

O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, defendeu que a aposta na valorização das regiões transfronteiriças deve ser uma questão prioritária para o país, no âmbito da negociação do próximo quadro de fundos comunitários pós 2020.
CONFIANÇA E ESTABILIDADE

A aposta estratégica nas regiões transfronteiriças foi ontem discutida no Conselho de Concertação Territorial, que teve lugar em São Bento, presidido pelo primeiro-ministro, António Costa, indo ao encontro do tema que dominou a Cimeira Luso-espanhola de final de maio, dedicada à cooperação transfronteiriça entre os dois países ibéricos.

Pedro Marques explicou que o Governo pretende lançar o debate de uma nova abordagem do território do interior do país, “chamando-lhe a região transfronteiriça, mas também juntando-lhe a baixa densidade e apostando na sua valorização através do seu potencial endógeno”, tirando assim partido da proximidade ao mercado espanhol.

O encontro de ontem, que contou com a participação de representantes dos governos regionais da Madeira e dos Açores, áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, comunidades intermunicipais, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (Anafre), serviu também para colocar na agenda as prioridades do Executivo sobre o futuro da política de coesão pós 2020, antecedendo a reunião do Fórum da Coesão, que se realiza na próxima semana em Bruxelas.

Pedro Marques preconizou, a este respeito, que existe um conjunto de novas políticas “que devem ser apoiadas por fundos comunitários”, destacando a aposta em “mais inovação e mais qualificações”, envolvendo empresas e universidades, sustentando que as novas políticas europeias devem ser direcionadas para criar mais emprego e promover o desenvolvimento do território.

O reforço da eficiência energética e dos transportes públicos, o investimento na economia do mar, uma “aposta estratégica que deve permanecer para lá de 2020”, assim como a necessidade de Portugal estruturar o seu posicionamento na frente atlântica e das regiões autónomas, foram também apontadas pelo governante como áreas fundamentais para o desenho do futuro do país, numa União Europeia que, defendeu, deve ser “mais ambiciosa”.