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Governo avança com projeto de reconversão da zona ribeirinha da margem sul do Tejo

Governo avança com projeto de reconversão da zona ribeirinha da margem sul do Tejo

O primeiro-ministro esteve no Barreiro, distrito de Setúbal, onde voltou a garantir a total disponibilidade do Governo para apoiar um conjunto vasto de projetos, desde a reconversão da zona ribeirinha da margem sul do Tejo, à regeneração de solos, passando pela requalificação urbanística, até à melhoria da mobilidade.

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António Costa. Governo Mais Próximo no distrito de Setúbal

Intervindo ontem no final da sessão de apresentação do projeto de reconversão da zona ribeirinha da margem sul do Tejo, no Barreiro, no primeiro de dois dias da iniciativa ‘Governo mais Próximo’, dedicado ao distrito de Setúbal, o primeiro-ministro começou por elogiar o trabalho dos vários presidentes das câmaras municipais da margem sul do Tejo, pelo papel decisivo que tiveram ao “desbloquear vários projetos que vão agora arrancar”, observando que esta união teve o mérito de contagiar o próprio Ministério das Finanças, que exige hoje um “novo espírito” na cooperação com as autarquias.

São inúmeros os exemplos, disse António Costa, numa sessão onde marcaram também presença os ministros das Finanças, Fernando Medina, do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, da Habitação, Marina Gonçalves, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, em que nem sempre se cumprem no tempo desejado os projetos ambicionados, sustentando, contudo, que em política o mais importante de tudo “é sermos persistentes”, aproveitando o primeiro-ministro para convocar a audiência, estando presentes, entre outros, o historiador José Pacheco Pereira e o empresário Humberto Pedrosa, a verificar que a partir dos terrenos da frente ribeirinha da margem sul do Tejo se podem “observar as cicatrizes do tempo e os desafios da transformação económica do distrito de Setúbal”.

Voltou depois a defender a decisão do Governo de autonomizar a Península de Setúbal da Grande Lisboa para efeitos de acesso aos fundos comunitários, considerando ser este “um passo estratégico” que permitirá criar “um novo polo dinâmico de progresso e de internacionalização”, abrindo espaço à regeneração urbana “no outro lado do Tejo”.

Lembrou de seguida que se estão a comemorar os 25 anos em que foi inaugurada a Ponte Vasco da Gama, um empreendimento “ancorado na Expo 98”, como citou, situado na margem norte do Tejo, assumindo que, se hoje não existe uma Expo 2023 como motor para outras iniciativas na margem sul do Tejo, “temos pelo menos a ambição”, referiu, de poder concretizar, no Barreiro, a “requalificação da sua zona ribeirinha”, que é um projeto que “conta já com vários anos”.

Nesta intervenção, o primeiro-ministro e líder socialista referiu-se ainda ao projeto de regeneração e de selagem dos solos contaminados, também ao avanço na infraestruturação do território, designadamente com “a expansão do transporte público”, dando o exemplo do metro do sul do Tejo, para além da “instalação de um novo terminal fluvial na Moita e da construção do passeio ribeirinho de 38 quilómetros entre Alcochete e Almada”. Exemplos que, segundo António Costa, mostram a modernização de um território que está a criar “novas oportunidades” para que “tudo o resto possa ser possível”, designadamente, como aludiu, para que haja “mais habitação acessível em solos em que ainda não é possível construir”.

Descontaminação dos solos

Antes tinha usado da palavra o ministro das Finanças, Fernando Medina, que deixou a garantia de que o Governo vai assumir “na totalidade” as despesas com a descontaminação dos solos dos municípios da margem sul do Tejo, uma decisão que “vai desbloquear o processo de requalificação urbana”, anunciando depois que o Conselho de Ministros de hoje, quinta-feira, vai aprovar uma resolução “que marcará o arranque dos aspetos concretos e nucleares para o desenvolvimento da Península de Setúbal”.

Tal como o primeiro-ministro tinha já defendido, também Fernando Medina recusa a ideia de que a região de Setúbal se limite a ser um mero dormitório da cidade de Lisboa, reivindicando para o território a condição de um polo gerador de emprego “altamente qualificado” e capaz de propiciar “melhores salários e novas oportunidades de vida para os jovens e um referencial de competitividade e de qualidade, dispondo de modernos espaços urbanos”.

Para que este cenário se concretize, disse ainda o ministro das Finanças, é necessário que todos em conjunto, Governo e autarquias, encontrem as soluções adequadas que permitam uma integração e uma maior sinergia entre as áreas industriais, de comércio e de serviços, tendo em vista, como acrescentou, a “concretização da estratégia de requalificação do arco ribeirinho sul”.

Fernando Medina deixou também a garantia de que o Governo não deixará de avançar com a “definição dos principais investimentos públicos” para a região, desde logo, como destacou, com foco na “velha ambição” da ponte do Barreiro que, quando construída, como salientou, “alterará a forma de mobilidade deste território”, a par, entre outras iniciativas, da expansão do metro sul do Tejo, ou a requalificação da estação fluvial do Barreiro.

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