Marta Temido fez o anúncio após um conjunto de reuniões com diretores clínicos de vários hospitais da região de Lisboa, com os sindicatos do setor e com a Ordem dos Médicos, para avaliar o funcionamento dos serviços de urgência e responder às necessidades identificadas.
Neste sentido, segundo adiantou, o Governo vai avançar, desde já, com “um plano de contingência nos meses de junho, julho, agosto e setembro, com funcionamento mais articulado, antecipado e organizado das urgências em rede, do Serviço Nacional de Saúde [SNS]”, “eventualmente com o acautelamento de questões remuneratórias associadas”.
A ministra reconheceu que o problema do encerramento de urgências de obstetrícia se intensificou nos últimos dias, e que esse não é “um problema de hoje”, que se prende com as escalas de urgência nas especialidades de ginecologia e obstetrícia, e que tem acontecido no passado e em momentos específicos, como no Natal.
“Sabemos que, não sendo de hoje, estes problemas estão num momento mais agudo, depois de dois anos de pandemia e de um adiar de um conjunto de medidas que queríamos ter implementado anteriormente e que não foram possíveis”, explicou a governante.
De acordo com Marta Temido, para além deste plano de contingência, haverá também uma componente de resposta estrutural, que passa pela “contratação de todos os especialistas que acedam ser contratados pelo SNS”, medida que será concretizada através da abertura de um concurso, sendo também reforçado o “apoio a quem está no terreno e às lideranças” dos hospitais.
A ministra da Saúde fez ainda questão de garantir que, da parte do Governo, “tudo será feito” para evitar qualquer tipo “de perturbação da tranquilidade social” em relação ao funcionamento do Serviço Nacional de Saúde.
“O SNS conseguiu responder a uma pandemia. Será capaz de se organizar para responder às necessidades de saúde materna”, frisou Marta Temido.