Em conferência de imprensa, no final da reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira, José Luís Carneiro referiu que se trata de um investimento superior a 607 milhões de euros que dá continuidade a um programa de investimentos iniciado em 2017 e no âmbito do qual foram já executados mais de 340 milhões de euros.
“Trata-se do maior volume de investimento de sempre na modernização, requalificação e dignificação das condições de trabalho e garantia de melhores indicadores de operacionalidade das nossas forças e serviços de segurança”, sublinhou o governante socialista.
A maioria da verba hoje aprovada destina-se ao investimento em infraestruturas (236 milhões de euros) e aos sistemas de tecnologia de informação e comunicação (250 milhões de euros). A aquisição de novos veículos terá um investimento de 64 milhões de euros, enquanto que 11,5 milhões de euros se destinam à aquisição de novas armas “mais adequadas às exigências das ameaças e risco”.
Está também prevista a aquisição de equipamentos de proteção individual, no valor de 15 milhões de euros, de equipamentos para funções especializadas, no valor de 22 milhões de euros, e de equipamento de apoio à atividade profissional, no valor de cinco milhões de euros.
Valorizar as forças de segurança e investir na proximidade com os cidadãos
José Luís Carneiro acrescentou ainda que, além do plano de investimentos, a tutela está empenhada na prossecução de uma política de rejuvenescimento das forças e serviços de segurança, assinalando que, no ano de 2021, foram recrutados cerca de 2.400 agentes, estando em curso a contratação de outros 2.600.
O ministro da Administração Interna referiu também o “esforço para garantir um investimento de mais de 40 milhões de euros para alojamento para agentes da PSP e da GNR e para as suas famílias”.
Por outro lado, observou, está em fase de conclusão a estratégia integrada de segurança urbana, que deverá ser apresentada em breve, e que permitirá revitalizar os contratos locais de segurança e os programas ‘Noite Segura’, ‘Idosos em Segurança’ e ‘Escola Segura’.
Parte integrante desta estratégia são também as unidades móveis de atendimento, uma medida que será apresentada esta quinta-feira, simultaneamente em Lisboa e no Porto.
“As unidades móveis têm a ver com um objetivo de manter níveis elevados de proximidade com os cidadãos, agilizando o modo como podem aceder às autoridades para efeitos de participação de ocorrências ou crimes”, disse o ministro, antecipando que “esta abordagem de proximidade estará inscrita na matriz da estratégia de segurança urbana”.