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“Governo apresentou um défice orçamental de 6,6% quando o objetivo era de 4,5%”

“Governo apresentou um défice orçamental de 6,6% quando o objetivo era de 4,5%”

O PS estimou que o défice orçamental, sem medidas extraordinárias, foi de 7,8 por cento em 2012 e advertiu o Governo que não se pode vergar à primeira exigência dos credores sobre cortes no Estado.

Eurico Brilhante Dias referiu-se especificamente ao dado de Vítor Gaspar de que Portugal terá registado em 2012 um défice na ordem dos 6,6 por cento, excluindo receitas extraordinárias.

“De forma sucessiva, o Governo vai iludindo com novos conceitos sobre défice orçamental (fala de saldo primário estrutural, défice ao abrigo do Eurostat e do Programa de Estabilidade e Crescimento), mas a verdade é esta: O Governo apresentou hoje um défice orçamental de 6,6 por cento quando o objetivo era de 4,5 por cento”, afirmou.

Para o PS, este indicador apresenta ainda uma maior deterioração face às metas iniciais estabelecidas no Programa de Assistência Económica e Financeira.

“Se pensarmos que só os subsídios de férias e de Natal dos pensionistas e dos trabalhadores do sector público são equivalentes a 1,2 do PIB, significa que, sem medidas extraordinárias, o Governo atingiu um défice orçamental na ordem dos 7,8 por cento”, sustentou.

O dirigente socialista defendeu que “o obrigatório é que o país saia da crise de forma sustentada”: “A obrigação do Governo é defender junto das missões externas os portugueses e defender que Portugal saia de forma sustentada da crise. Não é vergar à primeira exigência dos nossos credores como se, quando isso acontece, tal não tivesse impacto duro e doloroso na vida dos portugueses”.

O secretário nacional do PS advogou depois que as atuais circunstâncias “impõem a existência de uma agenda europeia e de uma agenda junto dos parceiros internacionais para defender o país neste momento quando os resultados são medíocres”.