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Governo apresentou objetivo claro de descapitalizar e privatizar SNS

Governo apresentou objetivo claro de descapitalizar e privatizar SNS

Alexandra Leitão criticou o Governo por querer entregar o Serviço Nacional de Saúde ao setor privado e considerou o plano de emergência para o SNS, aprovado hoje em Conselho de Ministros, uma “mão cheia de nada”.

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O plano com 54 medidas para o SNS anunciado hoje pela ministra da Saúde comprova o que o Partido Socialista temia: existe um “conjunto de objetivos e de intenções nada concretizados” e, quanto às medidas que estão “minimamente concretizadas”, o que se depreende é um “avanço na privatização do Serviço Nacional de Saúde”. A denúncia foi feita pela presidente do Grupo Parlamentar do PS numa declaração aos jornalistas, na Assembleia da República.

O Governo inscreveu no seu documento, e apresentou num PowerPoint, os objetivos de regularizar as listas de espera, designadamente para os doentes oncológicos, e de dar um médico de família a todos os portugueses no horizonte da legislatura, mas não explica como o fará. “Encontramos resposta na privatização”, lamentou.

Alexandra Leitão recordou mesmo as declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que disse que vão “pôr os privados e o setor social dentro do SNS”. “Temo que seja descapitalizar mais o SNS”, admitiu a líder parlamentar do PS.

A presidente da bancada socialista apontou depois o objetivo do Executivo de “pagar mais pelas convenções, designadamente em matéria de meios de diagnóstico”. Ora, “o programa do Partido Socialista, bem pelo contrário, o que queria fazer era pôr mais meios de diagnóstico nos centros de saúde em vez de pagar aos privados para usar os seus meios de diagnóstico”, sublinhou.

Para Alexandra Leitão, “há duas linhas absolutamente constantes neste programa: uma parte são só meros objetivos que não sabemos como vão ser alcançados; a outra parte é uma linha clara de privatização do Serviço Nacional de Saúde”.

Lamentando este anúncio de descapitalização e privatização do SNS, a presidente do Grupo Parlamentar do PS admitiu que surgiu uma dúvida quando foi anunciado que se vai “esgotar toda a capacidade instalada no SNS”. Em tom de crítica, questionou se os “profissionais de saúde trabalham tão pouco que ainda podem trabalhar mais”.

Resumindo, trata-se de um documento cheio de “boas intenções”, mas “sem medidas concretas”, sintetizou Alexandra Leitão, assegurando que aquilo que aparece concretizado deixa os socialistas “francamente preocupados, uma vez que a linha de privatização está lá claramente traçada e, a curto ou médio prazo, terá consequências na total descapitalização do SNS”.

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