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Governo apresenta novo buraco de 1.350 ME nas suas previsões

Governo apresenta novo buraco de 1.350 ME nas suas previsões

Com o adensar das dúvidas sobre a credibilidade do Governo da AD, que surpreende pela negativa a cada dia que passa, o Secretário-Geral do PS quer explicações, exigindo que sejam dadas informações públicas sobre os cortes que o executivo irá fazer após assumir um buraco nas contas que compromete o cumprimento de promessas eleitorais.

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Numa breve comunicação em vídeo divulgada hoje nos canais online do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos regista a existência de um “buraco nas contas do Governo de 1.350 milhões de euros” resultante da revisão em baixa do excedente orçamental previsto no programa económico e orçamental apresentado até 10 de março último pela aliança de direita, inquirindo diretamente o executivo de Luís Montenegro sobre a natureza dos cortes que pretende implementar.

Em causa, explica o líder socialista, está o facto de o programa eleitoral da AD ter previsto “um excedente orçamental para 2024 de 0,8% do PIB” e agora, “cerca de um mês depois das eleições”, o Programa de Estabilidade do Governo da mesma AD apontar um excedente orçamental de 0,3% do PIB, menos de metade do inicialmente estimado.

Esta última previsão consta do Programa de Estabilidade para o período 2024-2028, remetido pelo Executivo liderado por Luís Montenegro ao Parlamento e que será enviado para a Comissão Europeia até ao fim de abril.

Recorde-se que, ontem, Pedro Nuno Santos sublinhara a necessidade de analisar com extrema cautela todas e quaisquer propostas do Governo, uma vez que, após a controvérsia em torno do anunciado choque fiscal, “todo o cuidado é pouco com a palavra do primeiro-ministro”.

Horas depois, a opção pela cautela revelou-se acertada.

É que o Governo estimou no início da semana, sem novas medidas, um excedente orçamental de 0,3% do Produto Interno Bruto este ano, nada mais e nada menos do que 0,5% abaixo do excedente projetado no programa eleitoral da AD sufragado há seis semanas.

“Onde vão cortar?”, questiona Pedro Nuno Santos.

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