Governo anuncia novas medidas para a Saúde
O primeiro-ministro anunciou hoje à tarde na Assembleia da República, no debate dedicado à Saúde, que “todas as dívidas vencidas e validadas dos hospitais aos seus fornecedores já estão pagas”. Para José Sócrates “é a resolução de um problema que se arrastava há muitos anos e uma poderosa injecção de liquidez, na ordem dos novecentos milhões de euros, num sector muito importante da economia”.
No seu discurso quinzenal no Parlamento, José Sócrates destacou o facto de “os indicadores mostram a melhoria do Serviço Nacional de Saúde”. Segundo o primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista, “fazem-se hoje mais consultas e mais cirurgias. Baixou o número de inscritos em listas de espera e reduziu-se a mediana do tempo de espera. Realizaram-se com sucesso programas específicos para situações mais críticas, de que foi exemplo a área da oftalmologia”.
José Sócrates anunciou ainda que o Governo está a preparar a criação do primeiro banco público de células umbilicais e o aumento da rede de cuidados continuados. Em relação à primeira medida, o primeiro-ministro realçou o facto de isto “garantir o acesso gratuito e universal às células criopreservadas por parte daqueles que venham a precisar”. Quanto ao reforço da rede de cuidados continuados, o Governo revelou que “decidiu antecipar para 2009 o objectivo que tinha para 2010” de modo a atingir já este ano as 8200 camas. “Para isso faremos até ao final do ano um investimento público de 100 milhões de euros”, afirmou o chefe do Governo.
O primeiro-ministro frisou também que o Governo continua empenhado na melhoria da prestação dos cuidados primário e que o Serviço Nacional de Saúde “empregará, este ano, mais 250 novos médicos especialistas em medicina geral e familiar”.
Considerando que o Serviço Nacional de Saúde é um dos pilares essenciais do Estado social José Sócrates considera que “melhorá-lo é agir em favor do bem-estar das pessoas, reduzindo as desigualdades” Para o primeiro-ministro “a atitude face ao SNS define uma linha de demarcação clara entre o Governo e as Oposições. Desde o primeiro dia do seu mandato, o Governo tem-se empenhado na reforma da saúde. As oposições têm combatido as reformas: à direita, porque no fundo são contra a universalidade e tendencial gratuitidade do SNS; à esquerda, porque são contra tudo o que signifique mudança e racionalização”.