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Governo anuncia criação de empresa de gestão florestal

Governo anuncia criação de empresa de gestão florestal

O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, anunciou ontem, no Parlamento, a criação da Empresa Pública de Desenvolvimento e Gestão Florestal, destinada a fomentar uma gestão profissional e rentável da floresta, devendo estar em funcionamento dentro de poucas semanas, em Figueiró dos Vinhos.
Governo anuncia criação de empresa de gestão florestal

“A empresa pública que vamos constituir, que está em fase final de organização e que terá como designação Empresa Pública de Desenvolvimento e Gestão Florestal, tem como objetivo fundamental demonstrar como é possível gerir de forma rentável a floresta, particularmente nas zonas de minifúndio”, afirmou o ministro, na conclusão do debate na Assembleia da República sobre o relatório da comissão técnica independente que analisou os incêndios de outubro passado.

Capoulas Santos explicou que o objetivo desta empresa de gestão florestal “visa demonstrar como pode ser profissionalmente gerida a floresta, como pode dar rendimento e como se pode prevenir os incêndios”.

Ainda segundo o titular da pasta da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, uma das competências em que a empresa poderá atuar, será na identificação de prédios rústicos.

“Eventualmente, nas pessoas mais idosas, esses prédios são objeto de arrendamento, o que garantirá um rendimento anual aos proprietários”, salientou.

Apoios aos agricultores

Na sua intervenção no plenário, Capoulas Santos anunciou também que se encontra já concluído o pagamento integral dos apoios a 23.746 agricultores, num montante superior a 62 milhões de euros, sendo estes fundos, como acentuou, “exclusivamente nacionais”.

O governante adiantou que estão igualmente em pagamento, contra a apresentação dos respetivos comprovativos, “outros cerca de 30 milhões”, 25 dos quais de fundos comunitários (Programa de Desenvolvimento Rural 2020) e 5,5 milhões para apoio à recuperação das vinhas ardidas, o que perfaz um apoio público superior a 92 milhões de euros.

Capoulas Santos referiu ainda que foram já assinados, no final da semana passada, os contratos, envolvendo autarquias e diversas organizações e empresas da fileira florestal, que permitiram a criação de 26 parques de receção e armazenamento de madeira queimada.