Governo anuncia criação de empresa de gestão florestal
“A empresa pública que vamos constituir, que está em fase final de organização e que terá como designação Empresa Pública de Desenvolvimento e Gestão Florestal, tem como objetivo fundamental demonstrar como é possível gerir de forma rentável a floresta, particularmente nas zonas de minifúndio”, afirmou o ministro, na conclusão do debate na Assembleia da República sobre o relatório da comissão técnica independente que analisou os incêndios de outubro passado.
Capoulas Santos explicou que o objetivo desta empresa de gestão florestal “visa demonstrar como pode ser profissionalmente gerida a floresta, como pode dar rendimento e como se pode prevenir os incêndios”.
Ainda segundo o titular da pasta da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, uma das competências em que a empresa poderá atuar, será na identificação de prédios rústicos.
“Eventualmente, nas pessoas mais idosas, esses prédios são objeto de arrendamento, o que garantirá um rendimento anual aos proprietários”, salientou.
Apoios aos agricultores
Na sua intervenção no plenário, Capoulas Santos anunciou também que se encontra já concluído o pagamento integral dos apoios a 23.746 agricultores, num montante superior a 62 milhões de euros, sendo estes fundos, como acentuou, “exclusivamente nacionais”.
O governante adiantou que estão igualmente em pagamento, contra a apresentação dos respetivos comprovativos, “outros cerca de 30 milhões”, 25 dos quais de fundos comunitários (Programa de Desenvolvimento Rural 2020) e 5,5 milhões para apoio à recuperação das vinhas ardidas, o que perfaz um apoio público superior a 92 milhões de euros.
Capoulas Santos referiu ainda que foram já assinados, no final da semana passada, os contratos, envolvendo autarquias e diversas organizações e empresas da fileira florestal, que permitiram a criação de 26 parques de receção e armazenamento de madeira queimada.