“O nosso objetivo é garantir que no mês de julho consigamos atingir mais de 130 mil vacinas administradas por dia. A ‘task force’ tem estado a trabalhar intensamente no sentido de maximizar todas as oportunidades de vacinação, em termos de disponibilidade de vacinas, de aproveitamento dos agendamentos e dos recursos afetos a este processo”, disse Marta Temido à margem da tomada de posse dos novos orgãos sociais da Associação Nacional de Farmácias (ANF), durante a qual elogiou o contributo das farmácias no apoio à população.
A ministra destacou os três pilares de sucesso na prevenção e combate ao vírus – “continuar a acelerar a vacinação, garantir o acesso a testes e que este acesso seja aproveitado pelas pessoas, e garantir que as medidas de contenção do risco de transmissão da doença sejam adotadas” -, referindo que o Governo e os especialistas “vão continuar a acompanhar o que é necessário fazer em função destes três instrumentos”.
Sobre a prevalência da variante Delta do coronavírus SARS-Cov-2, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo, Marta Temido explicou que a estratégia passa por conter a sua propagação, “ganhando tempo” até se observar um nível de proteção maior das pessoas com o avanço do processo de vacinação. “Estamos a fazer um caminho e precisamos de ganhar tempo para que novas variantes possam ser mais controladas”, sublinhou.
“Neste momento, o nosso objetivo continua a ser vacinar o mais possível, mas privilegiar ainda as faixas etárias com maior risco. Quem mais se está a infetar é o grupo etário dos 20 aos 29 anos, mas quem mais está a precisar de cuidados hospitalares é o grupo entre os 40 e os 50 anos. Portanto, a lógica de se proteger aqueles que são mais vulneráveis, apesar de provavelmente outros terem um maior número de casos, mantém-se”, disse ainda.
Marta Temido fez, contudo, questão de sublinhar a expectativa de que a inclusão do grupo etário das pessoas com mais de 20 anos de idade ocorra “em meados de julho” e vincou que as equipas centrais estão a ser reforçadas no âmbito do plano de vacinação.
A ministra reiterou, por isso, a importância da manutenção das medidas de proteção. “É importante referir que temos hoje vacinas, uma capacidade de testagem e conhecimento sobre a forma de transmissão de que não dispúnhamos há um ano. Contudo, as medidas não farmacológicas nesta fase de transição podem ainda ser necessárias”, indicou, apelando para a “paciência” dos portugueses para “uma batalha que ainda vai ser longa”.