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Governo acabou com “hesitações” que abalaram anteriores Executivos

Governo acabou com “hesitações” que abalaram anteriores Executivos

O vice-presidente da bancada do PS Carlos Pereira alertou hoje, no Parlamento, que é importante para o país avançar com a construção do aeroporto complementar no Montijo, sublinhando que “as obras só avançam com um estudo de impacto ambiental compatível”.

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Governo acabou com “hesitações” que abalaram anteriores Executivos

Durante o debate parlamentar sobre a decisão do Governo de construir o aeroporto complementar no Montijo, o deputado do PS recordou que “o diagnóstico das necessidades de uma nova solução aeroportuária está feito há muito tempo”, tendo sido já debatidas 17 possíveis localizações. “Mas, nisto tudo, tem faltado sempre a decisão de avançar. Pelo meio perdeu-se uma soberana oportunidade: num contexto de privatização da ANA, em 2012, não houve capacidade ou vontade, ou ambas as coisas, para incluir nesse processo a solução de um novo aeroporto”, lamentou.

Por isso, “nesta altura em que o Governo português já decidiu”, Carlos Pereira relembra os custos das “hesitações e das perdas de oportunidades que o país está a sofrer”: redução da competitividade, danos de reputação e perda de quase dois milhões de passageiros por ano.

Ora, o memorando assinado esta semana pelo Executivo do PS e pela ANA “é o sinal que faltava da vontade do Governo em desatar este imbróglio”, sublinhou.

O vice-presidente da bancada socialista recordou que “a solução do aeroporto complementar do Montijo não é nova e até foi defendida e aprovada pelo anterior Governo”. Por outro lado, na atual legislatura foram identificadas várias vantagens nesta construção, como o “custo reduzido” do novo aeroporto no Montijo, o facto de ser uma “obra de execução rápida” e que “poderá entrar em funcionamento em 2022”, apontou.

“Além disso, a existência de um aeroporto no Montijo (embora para fins militares) dá sinais de uma potencial simplificação das questões de segurança e da proteção ambiental”, defendeu.

PS não se demite da sua responsabilidade

Carlos Pereira lembrou que cabe aos técnicos a responsabilidade de elaboração do estudo de impacto ambiental, “mas à política o que é da política e o Grupo Parlamentar do Partido Socialista não se demite da sua responsabilidade, que assume com coragem e determinação, que é o que tem faltado nos últimos anos sobre esta matéria”.

Segundo o deputado, o Partido Socialista sabe bem “que um chumbo na solução Montijo é um revés para o país”.

O parlamentar recordou ainda que “mais de metade dos meios financeiros que estão previstos são para obras de expansão do aeroporto Humberto Delgado”. Ora, “todos os partidos conhecem as dificuldades que se verificam nesta infraestrutura”, por isso é que “avançar já com estas obras é o objetivo do Governo”, o que sem este acordo não seria possível, asseverou.