Falando no comício socialista que terminou o dia de campanha na cidade de Coimbra, Pedro Delgado Alves lembrou que foi a falta de estabilidade “provocada pelo Governo a si próprio” que arrastou o país para novas eleições em menos de um ano.
Perante uma vasta assistência composta por militantes e simpatizantes do PS, o candidato socialista por Coimbra acusou o executivo da AD chefiado por Luís Montenegro de ter falhado “em tudo”, tendo, aliás, “piorado a situação que tinham encontrado” particularmente na Saúde, “um exemplo falhado da propaganda eleitoral da coligação PSD/CDS”.
“Um Governo que dizia que era tudo fácil e que só a incompetência dos malvados socialistas impedia resultados, confrontou-se na primeira esquina com aquilo que era, enfim, a sua retórica, a sua falta de adesão à realidade”, contrapôs, enfatizando que “onde prometeram ser revolucionários e rápidos”, os governantes da AD “em tudo falharam e pioraram a situação que tinham encontrado”.
“Onde prometiam mais médicos de família, temos hoje menos pessoas com cobertura, onde prometiam reduzir as listas de espera, efetivamente elas aumentaram, onde prometiam resolver o problema do caos nas urgências, de facto hoje temos mais urgências fechadas do que tínhamos no exato período do ano anterior. Onde diziam que era necessário reestruturar a forma como é administrado o SNS, aquilo que deixaram foi um legado de administrações de unidades locais de saúde demitidas ou forçadas à demissão, trazendo caos e desorganização onde ela antes não existia”, exemplificou.
A terminar, Pedro Delgado Alves estendeu as críticas à ação do executivo de Montenegro nos setores da habitação e da economia, deixando em evidência que, também neles, Luís Montenegro e seus ministros “não resolveram nada e até fizeram que ficasse pior”, lamentando ainda o facto de o crescimento do país impulsado pelo anterior governo socialista estar já “a desacelerar”.