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Golfo Pérsico: “promoção da economia portuguesa e a aposta nas exportações”

Golfo Pérsico: “promoção da economia portuguesa e a aposta nas exportações”

José Sócrates, confirmou hoje que os encontros entre o ministro das Finanças Teixeira dos Santos e os responsáveis pelos fundos de investimento de Abu Dhabi servem para apresentar o plano de privatizações.

 

Em declarações aos jornalistas no final da sua visita oficial de três dias ao Golfo Pérsico, José Sócrates disse que as reuniões “serviram no fundamental para apresentar o nosso plano de privatizações, as oportunidades de negócio em Portugal e naturalmente também para explorar as oportunidades de investimento no Golfo Pérsico”.
O primeiro-ministro voltou a afirmar que a questão da dívida pública não esteve em cima da mesa nas várias conversações que houve entre o Governo português e as autoridades do Qatar e dos Emirados: “Já disse várias vezes, não viemos aqui para tratar da venda de dívida”.
José Sócrates adiantou, no entanto, que ficaria “contente se alguém comprar a dívida portuguesa” desde que seja no mercado.
O primeiro-ministro fez questão de esclarecer que a compra da dívida portuguesa “não é uma ajuda, é um investimento já que a nossa dívida está no mercado”.
Voltou a frisar que a visita oficial teve como objetivo “a promoção da economia portuguesa, a aposta nas exportações e também a relação que deve existir institucional, política e económica com uma das regiões mais ricas e poderosas do mundo”.
O primeiro-ministro afirmou aos jornalistas que Portugal “devia ter vindo aqui já há muitos anos e, sendo a primeira visita que um primeiro-ministro faz à região do Golfo, isso é muito importante para criar uma relação política com estes países”.
Em jeito de balanço, José Sócrates disse que trouxe “uma grande delegação empresarial para que a comunidade do Qatar e dos Emirados se conheçam melhor e explorem possibilidades de desenvolverem cooperações nas áreas económicas”, até porque “esta é uma das regiões mais dinâmicas e mais poderosas financeiramente do mundo”.
O primeiro-ministro fez questão de dar o exemplo da performance exportadora do país: “As exportações recuperaram muito bem em 2010, porque houve uma diversificação, ou seja, exportamos para mais lados e exportamos melhor. Se olharmos para estes últimos cinco anos vemos que as exportações de baixa tecnologia têm estado sempre a descer e as exportações com média e alta tecnologia sempre a subir. É isso que nós desejamos: ter mais valor acrescentado nos produtos que vendemos para todo o mundo”.