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Gestão do INEM mostra negligência e irresponsabilidade do Governo

Gestão do INEM mostra negligência e irresponsabilidade do Governo

O Secretário-Geral do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou no sábado que a situação vivida no INEM foi reveladora de uma inaceitável “negligência” pelo Governo da AD, com consequências graves para os portugueses, apontando que a responsabilidade maior é do primeiro-ministro.

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“Quem fez uma campanha criando a expectativa nos portugueses, a ilusão nos portugueses, que os problemas da saúde se resolviam fácil e rápido foi Luís Montenegro”, disse Pedro Nuno Santos, falando aos jornalistas à entrada para o XX Congresso da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN, em Aveiro.

O líder socialista sublinhou, por outro lado, que a gestão desta greve, que originou a falha na resposta de emergência médica, “não pode ser imputada ao Governo anterior”, apontando que a consciência de que há problemas estruturais no INEM torna ainda mais grave a forma como o executivo lidou com a situação.

“Se o Governo achava que há problemas estruturais no INEM, isso significa que, perante um pré-aviso de greve, o cuidado e o alarme do Governo devia ser maior. O que nós tivemos? Negligência, desvalorização. E, portanto, a senhora ministra não ligou nenhuma ao pré-aviso de greve, deixou que essa greve acontecesse, num serviço que tem problemas estruturais e tivemos uma situação geradora de mortes”, sublinhou.

Questionado sobre se a ministra da Saúde tem condições para continuar no cargo, após os factos ocorridos, Pedro Nuno Santos voltou a reiterar que “o PS não concentra a sua intervenção nos pedidos de demissão”, afirmando que essa é uma avaliação que a própria e o primeiro-ministro têm de fazer.

Governo quer deixar porta aberta à privatização da emergência médica

O Secretário-Geral do PS manifestou ainda preocupação com as declarações da ministra da tutela, sobre uma eventual vontade do Governo em privatizar o INEM, ao ter afirmado que queria que o Instituto Nacional de Emergência Médica fosse “apenas um coordenador e não prestador”.

Essa afirmação, alertou Pedro Nuno Santos, parece indicar que o Governo quer “desistir do INEM” e que “a sua solução, aparentemente, é privatizar a prestação da emergência médica em Portugal”.

Para o líder socialista, os problemas na saúde têm vindo a agravar-se, de forma notória, com o atual Governo, com mais urgências de obstetrícia fechadas neste verão do que no anterior, “um concurso de médicos que correu profundamente mal” e uma gestão da emergência médica que “é assustadora e com graves consequências para os portugueses”.

“Isto não muda só com a senhora ministra. Há toda uma perspetiva em matéria de saúde que este Governo tem que é profundamente errada”, vincou Pedro Nuno Santos.

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