Gestão da Carris passa para Lisboa na próxima segunda-feira

A cerimónia, onde o memorando será celebrado pelo ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, e o presidente da autarquia, Fernando Medina, vai decorrer no Museu da Carris, em Alcântara, e será presidida pelo primeiro-ministro, António Costa.

A gestão municipal da Carris correspondia a uma ambição antiga da autarquia lisboeta, sendo agora concretizada após a decisão do Executivo socialista de suspender o processo de subconcessão das empresas públicas de transporte de Lisboa e do Porto, que havia sido decidido, à revelia da vontade das autarquias, pelo anterior Governo PSD/CDS.

O Governo PS reverteu os processos de concessão a privados, decidindo, em articulação com as autarquias cujos munícipes são servidos pelas respetivas redes de transporte, entregar a gestão da Carris à Câmara Municipal de Lisboa e da STCP aos seis municípios da área metropolitana onde opera – Porto, Gaia, Matosinhos, Maia, Gondomar e Valongo.

PS/Carris congratula-se com manutenção da empresa na esfera pública

A secção sectorial do PS/Carris saudou, entretanto, a transferência da gestão da empresa de transportes de Lisboa para o município, congratulando-se pela decisão do atual Governo em reverter o processo de subconcessão a privados conduzido pelo Executivo anterior e pela sua manutenção na esfera pública do Estado.

Recordando o longo trabalho desenvolvido, em articulação com a Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), no sentido de contestar e combater a intenção do anterior Governo PSD/CDS na privatização da Carris, os socialistas afirmam rever-se neste projeto de serviço público da empresa, “com futuro consolidado e sustentável, do ponto de vista económico, reforçado com o que de melhor têm as empresas – as pessoas, na prestação de um serviço público de qualidade, ao serviço dos lisboetas e do desenvolvimento da cidade”, que assinalam ter merecido, desde o primeiro momento, o apoio do Partido Socialista e do seu Secretário-geral e hoje primeiro-ministro, António Costa, bem como do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.

Com a sua manutenção na esfera pública, salientam, a Carris “voltará a ser uma empresa autónoma, onde os trabalhadores terão, independentemente da sua função, uma palavra de conforto e esperança, onde as suas opiniões serão consideradas e acolhidas, visando sempre a prestação de um melhor serviço ao cidadão, fazendo jus ao percurso histórico de uma grande empresa pública da cidade de Lisboa, memória de todos os lisboetas”.