home

Ganhar o desafio de agregar a excelência do conhecimento e a inovação empresarial

Ganhar o desafio de agregar a excelência do conhecimento e a inovação empresarial

O Programa Interface, que se insere no âmbito do Plano Nacional de Reformas, e que tem como objetivo a transferência de conhecimento e inovação das universidades e politécnicos para a indústria, vai dispor, nos próximos seis anos, garantiu o primeiro-ministro, de um valor de 1400 milhões de euros.

Para António Costa, o Programa Interface, integrado no Plano Nacional de Reformas, é do ponto de vista estratégico aquele que melhor responde ao ponto “fundamental do nosso modelo e da nossa estratégia de desenvolvimento: a inovação”.

Neste sentido e segundo o primeiro-ministro, o Programa Interface assume um caráter “absolutamente central” para o futuro de Portugal, porque centra a sua essência na inovação e na excelência do conhecimento acumulado ao longo das últimas décadas pelos politécnicos e pelas universidades, ajudando com isso a valorizar os produtos e os serviços das empresas, “quer se trate dos setores tradicionais, quer dos mais inovadores”.

Este é aliás, para o primeiro-ministro, o “grande desafio” que Portugal tem pela frente nos próximos anos, que é ter capacidade para “agregar empresas e conhecimento”, de forma a gerar mais e melhor inovação, recordando, a este propósito, que a média anual de crescimento da economia portuguesa nos últimos 15 anos não foi além dos 0,2%, defendendo António Costa que uma das principais causas para este fraco crescimento deve-se, em larga escala, ao facto de o país ter descurado o investimento na inovação.

Para o também líder do PS, para que o país possa “dar o salto em frente” e voltar a ser competitivo e a ter capacidade de internacionalização, de crescer e de criar emprego, o caminho, é “investir na inovação”, que é no fundo, como sustentou, a “história recente” dos setores tradicionais da economia portuguesa que, ao longo destes últimos anos, souberam “contrariar esta média de baixo crescimento”, dando os exemplos dos setores do calçado, do têxtil e do agroalimentar.

Mas para que haja inovação, na opinião de António Costa, o país tem de apostar na qualificação dos seus recursos humanos, reconhecendo que, simultaneamente, será a aposta exponencial na inovação que “motivará o investimento na qualificação das pessoas”.

Sem emprego qualificado, garantiu o primeiro-ministro, as empresas estagnam e não inovam, do mesmo modo, acrescentou, se as empresas não conseguem gerar emprego de qualidade, também muito dificilmente conseguem encontrar ou despertar o interesse dos investidores, havendo aqui, como sustentou, “um nexo fundamental” entre inovação e qualificação, do mesmo modo que existe entre capitalização e a inovação, porque para as empresas poderem investir na inovação “têm de ter capacidade de investir”.

Coesão social

Para o primeiro-ministro, a inovação agrega, não só o conjunto destes pilares, mas junta também, e sobretudo, como referiu, aquele que tem de ser o que “mais motiva a ambição de vivermos numa sociedade decente”, o “pilar de maior igualdade e de maior coesão social”.

O chefe do Governo sustentou ainda que emprego de qualidade “não é emprego precário nem emprego com baixos salários”, lembrando que chegou ao fim o tempo de empurrar os jovens para fora do país porque não “encontram futuro em Portugal”, sendo esta uma responsabilidade que “impende sobre o Governo, as autarquias e as regiões” e sobre “cada um de nós”, mas também sobre as “universidades e politécnicos e em cada uma das empresas e dos centros tecnológicos”.

In Acção Socialista

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *