António Costa realizou esta quinta-feira um périplo por alguns dos principais investimentos em curso na região alentejana, começando pelas obras no novo Hospital Central, em Évora, que estiveram “enguiçadas” durante vários anos, tendo sido suspensas pelo Governo de Pedro Passos Coelho em 2014, e que o executivo socialista fez avançar.
Representando um investimento avaliado em cerca de 200 milhões de euros, o novo Hospital Central deverá estar pronto para funcionar já em 2024, disponibilizando 360 camas, número que poderá ser alargado até às 480, com equipamentos tecnológicos de ponta e preparado para responder a cuidados diferenciados de saúde para toda a população do Alentejo.
Acompanhado pelo cabeça de lista do PS por Évora, Luís Capoulas Santos, o líder socialista apontou que este projeto exigiu perseverança para vencer as dificuldades.
“Quero agradecer a todos os alentejanos a paciência que têm tido por, ao longo de décadas, terem frustrada essa expectativa. Finalmente, quebrou-se o enguiço e foi possível encontrar os recursos financeiros, fazer os concursos para o projeto e para a empreitada. Finalmente a empreitada está em curso”, declarou.
António Costa referiu ainda que o projeto passa também por estabelecer em Évora “uma nova faculdade de medicina”, a instalar futuramente, a par com uma residência universitária, no hospital velho. A ambição é tornar Évora “um novo ‘hub’ da saúde” em Portugal, de forma a deixar de ser necessário encaminhar utentes com doenças mais complicadas para Lisboa.
“O país precisa de mais médicos. E, para termos mais médicos, temos de possuir maior capacidade formativa, o que implica não apenas uma faculdade, mas também um hospital com diferenciação tecnológica com as condições para poder suportar o ensino da medicina”, disse.
Para o Secretário-geral socialista e primeiro-ministro, este é o caminho que tem de continuar a ser prosseguido, referindo que, nestes últimos anos, o Serviço Nacional de Saúde (SNS), foi já dotado com mais 28 mil profissionais.
“Ainda agora, em 1 de janeiro, entraram ao serviço mais 2.204 médicos com formação geral. Este é um esforço que estamos a prosseguir, que significa investir nas carreiras, mas que implica também a existência de projetos mobilizadores que atraiam os melhores profissionais de saúde para o SNS”, afirmou.
Concretizar os compromissos com o Alentejo
Ainda em Évora, António Costa visitou depois o reservatório do Espinheiro, onde se encontra já concluído o projeto de um bloco de rega, uma das quatro grandes infraestruturas desta natureza lançadas na última legislatura, o que levou Luís Capoulas Santos a salientar que a imagem de marca do PS no Alentejo é que, “desde há muitos anos”, todos os compromissos que tem assumido, tem “tido a felicidade de ter podido concretizá-los”.
“Mas isso não seria possível se não tivéssemos um Governo amigo do Alentejo, e é isso que vai estar agora também em causa: é se vamos ter um Governo amigo do Alentejo depois do dia 30, ou se vamos voltar ao passado, que é do adiar”, frisou o candidato socialista.
Neste segundo dia dedicado à região alentejana, depois de ter marcado presença em Beja na quarta-feira, António Costa visitou ainda Cooperativa Agrícola Carmim, em Reguengos de Monsaraz, onde agradeceu aos trabalhadores locais pelo “esforço extraordinário” que têm feito para “contribuir para o aumento da produção nacional quer de vinho quer de azeite”.
No final da visita, o líder socialista brindou com vinho produzido no local, afirmando esperar que, no dia 30, os portugueses brindem o “país com uma boa votação, de forma a assegurar ao país a estabilidade e a tranquilidade”.
“Estas eleições são eleições decisivas para o futuro do país, é fundamental que todos participemos e, todos participando, iremos ter seguramente um grande resultado para o país”, salientou.