Após as eleições internas que definiram uma nova direção na estrutura regional do PS nos Açores, o líder dos socialistas açorianos afirmou querer “demonstrar àqueles que votaram, aos açorianos e às açorianas, que o PS está vivo e motivado, muito empenhado, na construção de um novo futuro, mais próspero e mais risonho, onde todos têm verdadeiramente lugar”.
Em declarações aos jornalistas, Francisco César referiu que o PS está na oposição – uma vez que o executivo regional dos Açores é formado pela coligação PSD/CDS-PP/PPM –, ressalvando que “ser oposição não quer dizer estar contra tudo”.
“Ser oposição quer dizer construir, apresentar alternativas, estar de acordo naquilo que é fundamental, naquilo que interessa a todos, naquilo que é comum, como grandes obras, como a própria questão da [companhia aérea] SATA, ou do desenvolvimento da própria autonomia, mas também apresentar caminhos alternativos”, afirmou.
A propósito das principais prioridades do novo mandato, Francisco César sublinhou que “não haverá desenvolvimento regional sem uma verdadeira aposta na educação”, lamentando que os Açores tenham voltado a ser a pior região do país, “e uma das piores da Europa”, no que diz respeito ao abandono precoce da escola.
“Isso não pode acontecer. Nós não podemos ter resultados de 21%, quando a média do país é de cerca de 8% e o objetivo da União Europeia é de 9%”, enfatizou.
Depois, sustentou que também não é possível haver bem-estar social sem habitação acessível e sem um rendimento digno.
“E não haverá Estado social, em todas as suas dimensões, como a Saúde, apoio à infância, à velhice e ao infortúnio, e novamente, a Educação, sem a sustentação de uma economia pujante e diversificada, que produza com valor acrescentado e remunere bem os trabalhadores”, pontualizou.
Francisco César referiu igualmente que “os açorianos sabem que podem contar com o PS/Açores para exercer uma oposição responsável, que escrutine a ação governativa e, em diálogo com a sociedade açoriana, apresente e concretize soluções que permitam desenhar um novo futuro para a região”.
Instado a comentar os resultados eleitorais do passado fim de semana, o dirigente socialista salientou que eles são reveladores de que “os militantes compreendem e partilham as prioridades que foram estabelecidas na Moção Política de Orientação Global”, acrescentando que a sua liderança marcará o início de “um novo ciclo” e de “um novo futuro” para o PS.
Nestas eleições diretas da estrutura socialista açoriana foram chamados às urnas 4.720 militantes, em 46 mesas distribuídas pelas nove ilhas dos Açores, e foram ainda eleitos os 150 delegados ao XIX Congresso ordinário do PS/Açores, que se realizará entre os dias 27 e 29 de setembro próximo, na ilha de São Miguel.
Com 93,3% dos votos, Francisco César torna-se o sétimo presidente do Partido Socialista dos Açores, sucedendo o camarada Vasco Cordeiro, no cargo desde 2013.
