Francisco Assis quer que o “chocante assassínio” de Meirelle Franco seja investigado “até às últimas consequências”
O deputado socialista Francisco Assis questionou hoje a Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, sobre o “frio assassínio” da ativista dos direitos humanos, socióloga e vereadora carioca Meirelle Franco, de 39 anos, ao que tudo indica vítima de uma execução a mando. Na sua pergunta, Francisco Assis lembra que “Marielle era uma personalidade interventiva e admirada por muitos, tendo-se destacado pela denúncia da violência arbitrária e amiúde mortífera a que por vezes recorrem as forças policiais brasileiras nas suas operações nas favelas do Rio de Janeiro”. Assis sublinha também que a vereadora eleita pelo Partido Socialismo e Liberdade, força política que “tem vindo a ganhar espaço eleitoral e mediático” no Rio de Janeiro, “tinha sido escolhida para relatora de uma comissão destinada a acompanhar a polémica intervenção federal na segurança pública” do Rio. O deputado europeu quer agora saber “como pretende a União Europeia influenciar as autoridades brasileiras para que este chocante assassínio seja investigado até às últimas consequências” e “para que seja garantida a segurança das populações e dos ativistas que pugnam pelos direitos humanos das mesmas”.
PERGUNTA:
A 13 de Março, Marielle Franco, ativista dos direitos humanos e vereadora eleita no município do Rio de Janeiro pelo Partido Socialismo e Liberdade, foi friamente assassinada quando um grupo de criminosos abriu fogo contra o automóvel onde se encontrava, tendo também perdido a vida o motorista que a conduzia. Marielle era uma personalidade interventiva e admirada por muitos, tendo-se destacado pela denúncia da violência arbitrária e amiúde mortífera a que por vezes recorrem as forças policiais brasileiras nas suas operações nas favelas do Rio de Janeiro. A 28 de Fevereiro, a vereadora tinha sido escolhida para relatora de uma comissão destinada a acompanhar a polémica intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, cidade na qual o seu partido político tem vindo a ganhar espaço eleitoral e mediático. As investigações preliminares apontam para a hipótese de execução.
Em face da gravidade destes factos, como pretende a União Europeia influenciar as autoridades brasileiras para que este chocante assassínio seja investigado até às últimas consequências e para que seja garantida a segurança das populações e dos ativistas que pugnam pelos direitos humanos das mesmas?