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Financiamento público do Novo Banco concorreu para a estabilidade do sistema financeiro

Financiamento público do Novo Banco concorreu para a estabilidade do sistema financeiro

O vice-presidente da bancada do PS João Paulo Correia sublinhou hoje, no Parlamento, que a auditoria do Tribunal de Contas ao Novo Banco concluiu que o financiamento público do banco possibilitou a “estabilidade do sistema financeiro, sobretudo por ter sido evitada a liquidação do banco e reduzido o risco sistémico”.

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João Paulo Correia asseverou, durante a audição do presidente do Tribunal de Contas, José Tavares, na Comissão de Orçamento e Finanças, à qual se associou a Comissão Eventual de Inquérito às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, no âmbito do requerimento apresentado pelo Grupo Parlamentar do PS, que a “questão central desta auditoria” era saber se o “financiamento público do Novo Banco pelo Fundo de Resolução ao abrigo do acordo de capital contingente salvaguarda o interesse público”.

O socialista citou depois a “resposta conclusiva” dada pela auditoria: “Em suma, o financiamento público do Novo Banco concorreu para a estabilidade do sistema financeiro, sobretudo por ter sido evitada a liquidação do banco e reduzido o risco sistémico”.

Lembrando que a liquidação do Novo Banco era um “cenário plausível” em 2017, o deputado socialista garantiu que “teria um custo brutal muito superior para as finanças públicas e para a sua sustentabilidade e para os contribuintes do que a venda do Novo Banco”. E explicou porquê: “Desde logo era necessário capitalizar o Fundo de Garantias de Depósitos e seria constituído um universo de lesados que, com certeza, também iriam reivindicar um novo fundo de recuperação de créditos, que também teria de ser financiado pelo Estado”; por outro lado, “haveria um impacto, o tal risco sistémico, neste caso concreto antes de chegar ao sistema financeiro, que de imediato iria escalar o juro da dívida pública em centenas de milhões de euros”.

“Esta auditoria valida a venda [do Novo Banco] conforme ela foi efetuada, na medida em que não demonstra que havia melhores condições ou cenário melhor para fazer esta venda”, destacou.

Ficando, assim, comprovado que a venda do Novo Banco contribuiu “para a estabilidade do sistema financeiro”, João Paulo Correia voltou a mencionar que “o risco sistémico era uma consequência da liquidação do Novo Banco”.

“Recordo que foi em 2017 que se procedeu à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. Foi também em 2017 que o BCP e o BPI avançaram com os seus planos de recapitalização e reestruturação, que foram bem sucedidos, talvez mais por força da operação da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, mas também porque o Novo Banco não caiu e isso é importante relembrar – como o Tribunal de Contas faz questão de frisar ainda há pouco na sua apresentação – que foi evitado um risco sistémico”, salientou o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS.

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