Em Miranda do Douro, onde visitou a Feira do Naso, um dos maiores certames da região, o líder socialista lembrou que grande parte do investimento, em matéria de mobilidade, tem sido destinado aos grandes centros urbanos e no litoral, sendo de elementar justiça que se dê igualmente a atenção devida aos territórios de menor densidade.
“O passe único, que foi das maiores vitórias do povo português, teve uma redução drástica do custo da mobilidade nas grandes áreas metropolitanas. Esse passe é financiado pelo Fundo Ambiental, que é nacional. Todos nós contribuímos para que o passe único nas grandes áreas metropolitanas desça de forma muito significativa. Ora, no interior não sabem o que é um passe único, pela simples razão de que não têm uma rede de transportes coletivos. São territórios de baixa densidade onde é difícil ter redes de transportes coletivos”, observou.
Pedro Nuno Santos, que nesta visita teve oportunidade de contactar com muitos populares e autarcas da região, disse ter também dificuldade em entender o argumento, por alguns professado, de não reconhecer justiça ao investimento equitativo na coesão territorial do país.
“O Fundo Ambiental financia todos os anos o passe único, o interior vê quase zero dessas centenas de milhões de euros. Nós vamos fazer um investimento acima de mil milhões de euros no metropolitano de Lisboa e do Porto. Mas há políticos que, mesmo assim, acham que é muito injusto para todo o país as portagens serem zero num território que não tem alternativa”, disse.
“O PS segue comprometido em trabalhar pelo progresso das regiões do interior”, garantiu o líder socialista.