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“Ficaram derrotados aqueles que desenvolveram ao longo dos últimos dias verdadeiras teorias …

“Ficaram derrotados aqueles que desenvolveram ao longo dos últimos dias verdadeiras teorias …

O líder parlamentar do PS, Francisco Assis, afirmou hoje que o plano acordado entre o Governo e a “troika” permite encarar o futuro com “otimismo” e representa uma “derrota” para os que “tentaram lançar o país num clima de pré-catástrofe”.

 

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“Queria saudar o acordo agora alcançado e ontem [terça-feira] anunciado pelo senhor primeiro-ministro, que me parece ser um bom acordo e que nos permite encarar o futuro com realismo mas também com otimismo. Ficaram claramente derrotados aqueles que desenvolveram ao longo dos últimos dias verdadeiras teorias catastrofistas acerca do futuro de Portugal”, afirmou Francisco Assis.
O presidente da bancada parlamentar socialista disse que as declarações feitas, na terça-feira à noite, por Eduardo Catroga, o chefe da equipa negocial do PSD com a ‘troika’.
“Infelizmente, na sua primeira reação, o PSD não esteve à altura das suas responsabilidades e da sua história, uma vez mais optou por uma via sectária, irresponsável, radical e até mesmo demagógica na apreciação da declaração do senhor primeiro-ministro”, criticou.
Neste sentido, Assis deixou um recado aos sociais-democratas: “É bom que os restantes partidos políticos, e aqueles que têm mais responsabilidades, atendendo ao seu peso eleitoral e à sua história, se comportem também de acordo com o papel que desempenham na vida política portuguesa”.
“Vários partidos da oposição nas últimas semanas tentaram lançar o país num clima depressivo, num cenário pré-catástrofe, felizmente foram desautorizados e derrotados”, acrescentou.
O presidente do grupo parlamentar do PS considerou que o plano acordado entre o Governo e a “troika” constitui um “equilíbrio” entre “as políticas de austeridade que são necessárias tendo em vista a redução do défice orçamental e do peso da dívida pública” e “concorrer para o crescimento da economia”.
“Todos temos um papel a desempenhar, o Governo fez e desempenhou muito bem o seu papel, assegurou a concretização de um entendimento que salvaguarda claramente o interesse do país”, declarou, apelando a um entendimento entre as várias forças políticas.
“Independentemente dos desacordos que fazem parte da vida democrática, há momentos em que temos de apelar ao sentido da responsabilidade e do consenso nacional”, referiu, sublinhando que neste momento é preciso “falar mais no país e menos nos partidos”.
O líder parlamentar do PS disse ainda, que o plano acordado com a ‘troika’ demonstra que o programa eleitoral dos socialistas “pode permanecer tal qual foi apresentado” e desafiou o PSD a dizer o que propõe ao país.
“Até há dias, o PSD limitou-se a contestar, a dizer mal, a acentuar aspetos negativos e a enunciar um cenário de catástrofe absoluto, um país sem horizontes e sem perspetivas, agora que vai ser aplicado este programa, é importante que o PSD diga verdadeiramente o que pretende fazer”, afirmou Francisco Assis.
O presidente da bancada socialista criticou o PSD por ainda não ter apresentado o seu programa eleitoral, lamentando que este “permaneça envolto numa grande neblina”.
“É muito importante, a partir daqui, que, particularmente o PSD, como principal partido da oposição, diga ao país verdadeiramente o que pensa para os próximos anos, em termos de sistema de saúde, de sistema educativo, de segurança social”, referiu.
“Este é, neste momento, o grande vazio que temos na nossa campanha eleitoral, aliás, o PSD passou a semana passada a dizer que o PS tinha apresentado um programa que teria de ser absolutamente corrigido na sequência da apresentação deste programa ajustado com a ‘troika’, a verdade é que se enganou”, acrescentou.
Assis assinalou que o programa do PS “pode permanencer tal qual foi apresentado na semana passada”, dado que os aspetos essenciais do plano agora apresentado pela ‘troika’ “não põem em causa o programa eleitoral apresentado pelo PS”.