Ferro Rodrigues defende agenda ambiciosa nas reformas estruturais do país
“Sou um economista de formação. Mas sei bem, todos sabemos, que não basta um bom ciclo económico para garantir a solidez política de uma governação. É condição necessária, mas não é suficiente”, disse, no discurso que proferiu no jantar das jornadas parlamentares do PS, sublinhando que as “mudanças estruturais e as opções inadiáveis” são as que “Portugal exige” e não as que alguns “querem impor” ao país.
No discurso aos deputados, ao lado do Secretário-geral e primeiro-ministro, António Costa, Ferro Rodrigues lembrou ser necessário manter os “compromissos internos” em articulação com as “exigências internacionais” na União Europeia e sublinhou que, perante os bons resultados na governação, o sentido de exigência dos portugueses “só vai aumentar”.
“O maior risco agora é o da autossatisfação”, alertou, afirmando que os “portugueses não compreenderiam” que, por quaisquer taticismos pré-eleitorais, “este ano de 2018 não fosse aproveitado para fazer avançar mudanças estruturais adiadas há demasiado tempo”.
Um desafio, defendeu, perante o qual o PS deve assumir uma responsabilidade de liderança. “Ninguém fará o trabalho por nós”, disse.
Entre as reformas que se impõem como necessárias ao país, o presidente da Assembleia da República elencou as propostas para o reforço da transparência na vida política e para a descentralização de competências, ambas em debate no Parlamento.