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Ferro Rodrigues defende agenda ambiciosa nas reformas estruturais do país

Ferro Rodrigues defende agenda ambiciosa nas reformas estruturais do país

O presidente da Assembleia da República e parlamentar do PS, Eduardo Ferro Rodrigues, defendeu ontem, em Coimbra, durante as jornadas parlamentares socialistas, que os bons resultados da economia portuguesa não devem ser encarados com autossatisfação, mas, pelo contrário, como incentivo acrescido na ambição de implementar as reformas estruturais necessárias ao país.
Ferro Rodrigues defende agenda ambiciosa nas reformas estruturais do país

“Sou um economista de formação. Mas sei bem, todos sabemos, que não basta um bom ciclo económico para garantir a solidez política de uma governação. É condição necessária, mas não é suficiente”, disse, no discurso que proferiu no jantar das jornadas parlamentares do PS, sublinhando que as “mudanças estruturais e as opções inadiáveis” são as que “Portugal exige” e não as que alguns “querem impor” ao país.

No discurso aos deputados, ao lado do Secretário-geral e primeiro-ministro, António Costa, Ferro Rodrigues lembrou ser necessário manter os “compromissos internos” em articulação com as “exigências internacionais” na União Europeia e sublinhou que, perante os bons resultados na governação, o sentido de exigência dos portugueses “só vai aumentar”.

“O maior risco agora é o da autossatisfação”, alertou, afirmando que os “portugueses não compreenderiam” que, por quaisquer taticismos pré-eleitorais, “este ano de 2018 não fosse aproveitado para fazer avançar mudanças estruturais adiadas há demasiado tempo”.

Um desafio, defendeu, perante o qual o PS deve assumir uma responsabilidade de liderança. “Ninguém fará o trabalho por nós”, disse.

Entre as reformas que se impõem como necessárias ao país, o presidente da Assembleia da República elencou as propostas para o reforço da transparência na vida política e para a descentralização de competências, ambas em debate no Parlamento.