Destacando, em particular, a área da habitação, Fernando Medina assumiu o compromisso de prosseguir o Programa Renda Acessível (PRA), assim como atribuir imóveis municipais para apoiar a criação de cooperativas de habitação sem fins lucrativos, definindo como meta para os próximos quatro anos um mínimo de 5.000 novos fogos ao abrigo do PRA, com rendas que não ultrapassem 30% do rendimento líquido das famílias.
O autarca sustentou que o pilar de renda acessível tem “de ser de compensação” e “fora das regras de mercado”, criticando os adversários que “entendem que a habitação é um bem que está disponível no mercado, sujeito à oferta e à procura”.
Outra das medidas realçadas prende-se com a oferta de creches gratuitas, públicas e privadas, para “todos os que residam em Lisboa e tenham rendimentos que se situem até ao limiar do PRA [45.000 euros brutos por casal]”, bem como aumentar em 900 o número de vagas em creche.
Ainda no capítulo do arrendamento acessível, o candidato socialista anunciou um programa específico destinado ao comércio e serviços, explicando que o mesmo irá abranger algumas zonas da cidade, visando, de forma articulada, “organizar e estruturar vários dos eixos” que vão ser intervencionados, requalificados e transformados “em zonas pedonais de qualidade”.
“Significa isto a Câmara dedicar uma parte do seu orçamento à aquisição ou ao arrendamento de partes comerciais para poder subarrendar a preços acessíveis para que possa determinar um ‘mix’ de atividades económicas que ali se realizam”, acrescentou.
No tema da mobilidade, a candidatura ‘Mais Lisboa’, protagonizada pelo PS/Livre e apoiada pelos movimentos Cidadãos por Lisboa e Lisboa é muita Gente, destacou a construção de duas linhas de metro ligeiro, ligando Alcântara a Oeiras e Santa Apolónia a Sacavém.
O reforço expressivo do serviço noturno e da rede da madrugada da Carris e 350 novos autocarros, com zero ou baixas emissões de gases, assim como a triplicação do número de elétricos da Carris são outras das medidas inscritas na área dos transportes.
Para continuar a trabalhar numa cidade mais sustentável, Medina garantiu ainda que a capital vai “continuar a expandir a rede ciclável”, estando também prevista a implementação da Zona de Emissões Reduzidas (ZER) da Baixa, “limitando o acesso de carros ao centro histórico e qualificando o espaço público”.
Matérias sobre as quais Fernando Medina dirigiu uma crítica afiada ao candidato do PSD: “Temos aliás um exemplo nesta campanha do que é um clássico na cidade de Lisboa, que é o adepto da ciclovia sim, mas assim não. A ciclovia assim, mas só se for eu como engenheiro a desenhá-la. A ciclovia sim, mas talvez num sítio em que não incomode e não retire espaço nada. É a única candidatura que conheço a uma cidade avançada da Europa, não liderada por negacionistas, que define uma política, em 2021, para estimular a utilização de carros dentro da cidade de Lisboa e não pela sua diminuição”, apontou.
Ainda no âmbito da redução da poluição, o candidato socialista garantiu também querer eletrificar o Terminal de Cruzeiros para que os navios funcionem apenas com energia elétrica, enquanto para o Aeroporto Humberto Delgado pretende uma “redução progressiva dos voos noturnos”, tendendo para o seu fim.
Realçando que Lisboa “é hoje uma cidade que lidera em diversas áreas e da qual nos podemos orgulhar”, a candidatura liderada por Fernando Medina afirma uma cidade melhor preparada para “uma recuperação económica que será mais verde e sustentável”, e “uma cidade para todos, que não deixa ninguém para trás e onde as famílias podem viver com saúde e qualidade”.
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