António Costa, que falava no largo da Pontinha, no centro da capital algarvia, durante a apresentação da candidatura do cabeça de lista do PS à Câmara de Faro, João Marques, referiu que as alterações introduzidas na eleição dos dirigentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) constituíram um “passo enorme” neste sentido.
“É verdade que ainda não temos a regionalização, mas nós demos um passo enorme ao regionalizar a elaboração dos planos operacionais regionais”, disse o líder socialista e primeiro-ministro, sublinhando que, agora, as regiões passam a elaborar os seus planos para a próxima geração de fundos comunitários sem ser “às ordens de Lisboa e do Governo”.
Notando que o Algarve foi uma das regiões mais atingidas pela crise provocada pela pandemia de Covid-19, com um impacto muito forte no turismo, “motor de muitas outras fileiras da economia”, o Secretário-geral do PS reiterou a necessidade de a região diversificar a sua base económica para não ficar apenas dependente de uma única atividade.
Para isso, disse, é preciso “investir e apostar na diversificação da base económica do Algarve”, o que não significa “ter menos turismo”, mas sim “ter mais economia para além do turismo”, argumentou, salientando que as verbas previstas no próximo Plano Operacional do Algarve representam “mais do dobro” do que as contidas no atual.
“Nas negociações que tivemos o ano passado, naqueles cinco dias e quatro noites muito duras de negociação na Europa (…), foi possível obter para o Algarve um reforço extraordinário que vai fazer com que o próximo plano operacional não tenha 318 milhões de euros, mas tenha 770 milhões de euros, mais do dobro do que teve nestes últimos sete anos”, salientou António Costa, sublinhando que os futuros autarcas da região, a sair do novo ciclo de poder local, a 26 de setembro, vão dispor de recursos reforçados para concretizar esta ambição.