Com a credibilidade de ser o ministro das Finanças que deixa o país com contas públicas certas, com um dos maiores crescimentos da economia de toda a União Europeia, com as exportações em alta e com uma das mais baixas taxas de desemprego da Europa, Fernando Medina criticou as propostas económicas da AD, liderada pelo PSD, garantindo tratar-se de um conjunto de ideias “sem qualquer credibilidade”, um verdadeiro “embuste”, como as classificou, que “nada têm a ver com a realidade do país ou com a vida dos portugueses”, e que apenas segue o princípio de “dar e de prometer tudo a todos”.
Ao contrário da direita, e do PSD em particular, o PS, como garante, “só promete aquilo que pode cumprir, mesmo que as coisas fiquem mais difíceis do que nós prevemos”, lembrando que o programa eleitoral socialista apresenta, sustentado pelo seu cenário macroeconómico, os instrumentos necessários capazes de encarar as incertezas que possam surgir.
Para Fernando Medina, as propostas do PS, ao contrário das da direita e do PSD, foram pensadas em função de “expetativas prudentes e realistas”, capazes de assegurar, como salientou, a execução dos compromissos, reafirmando que o cenário macroeconómico e o programa eleitoral dos socialistas “são um exercício de credibilidade, assente na previsibilidade”.
De acordo com o também candidato a deputado nas próximas legislativas, esta postura dos socialistas tem permitido que os últimos governos tenham “avançado com políticas sem sobressaltos de circunstância e com políticas de verdade”, insistindo na ideia de que as propostas macroeconómicas do PS “colocam mais quatro anos de convergência da economia portuguesa com outras economias, da zona euro e da União Europeia”.
De entre os diversos objetivos plasmados no programa eleitoral do PS, Fernando Medina defendeu que o futuro Governo liderado pelo PS vai continuar a criar condições para que haja um aumento “sem precedentes” do investimento público, não deixando, contudo, como também referiu, de “manter o ritmo da “recuperação dos rendimentos”. Reforçando a ideia de que agora é mais fácil avançar com o aumento do investimento público, lembrou, a este propósito, o trabalho dos últimos governos socialistas no saneamento das contas públicas.
Mais e melhor emprego
Fernando Medina falou depois de algumas das medidas aprovadas nos últimos oito anos pelos governos do PS que permitem, por exemplo, que o mercado de trabalho nacional tenha absorvido “mais de um milhão de portugueses do que acontecia em 2015”, com o correspondente “aumento do salário mínimo nacional” e a “subida das remunerações médias”.
O ministro das Finanças elencou depois um conjunto vastos de políticas levadas a cabo pelos governos do PS que vieram contrariar, como referiu, a tese da direita de que não havia alternativa às políticas de austeridade que tinha abraçado, lembrando que neste período os executivos do PS foram capazes de “recuperar rendimentos, de reduzir de forma sustentável a tributação do trabalho e das pensões, de criar previsibilidade no caminho que se ia trilhando, de reforçar os acordos de rendimentos com o setor privado e público e de aumentar de forma consistente as pensões e os apoios sociais”.
Uma realidade só possível de alcançar, como referiu, porque o PS sempre se opôs à ideia de prosseguir com as políticas de austeridade da direita, reafirmando não ser possível ter “finanças em ordem com políticas de austeridade, de cortes, de redução do emprego ou de aumento do desemprego”.
Antes de Fernando Medina e da coordenadora do programa eleitoral socialista, Alexandra Leitão, falou António Arnaut, neto do antigo governante socialista tido como o “pai do Serviço Nacional de Saúde”, considerando, na sua intervenção, que em causa nestas eleições está, também, saber “que sistema de saúde os vários partidos querem para o país”, lembrando que se o SNS ainda enfrenta algumas dificuldades é, contudo, o que “responde quando os portugueses necessitam”.
Lembrou também que foi com o empenho dos executivos do PS que, em 2019, foi alterada a Lei de Bases da Saúde, e, em 2022, publicado o estatuto do SNS, realçando o esforço do PS em “mudar o paradigma da saúde” para o trazer de volta para “o sistema que está constitucionalmente consagrado”.