Execução orçamental traduz impacto da resposta do Estado às famílias e empresas
“Se olharmos para os números verificamos que há uma quebra muito significativa das receitas, o que tem que ver com o adiamento dos pagamentos em sede de IRC e do IVA”, começou por referir o dirigente socialista, lembrando também o impacto do desemprego na quebra nas receitas contributivas. “Verificamos também que há um aumento da despesa, nomeadamente com os apoios às famílias em dificuldades, aos trabalhadores informais e aos trabalhadores independentes”, assim como com o ‘lay-off’, “destinado a proteger o emprego”, disse.
“E verificamos ainda, que houve um acréscimo muito significativo do investimento, nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde, quer no reforço dos meios humanos, quer no reforço dos meios materiais, para fazer face ás implicações imediatas e graves da Covid-19”, acrescentou.
Para o dirigente socialista, foi a adoção deste “conjunto muito vasto de medidas”, para que o país conseguisse ultrapassar uma fase de resposta imediata à crise, que permite hoje “olhar com alguma confiança para o futuro”, atendendo também às decisões tomadas a nível europeu para alavancar a recuperação económica.
Lembrando que Portugal tinha conseguido alcançar, pela primeira vez na história da democracia, um superavit orçamental, diminuir a sua dívida pública e convergir com a União Europeia, José Luís carneiro sublinha que “este défice resulta de uma crise que o país tem vindo a atravessar”, por força de uma pandemia com efeitos europeus e mundiais.
“Foi necessário que o Estado, porque estava mais robustecido na sua capacidade, encontrasse respostas e a execução orçamental ilustra essa resposta na vida das pessoas e das empresas”, sustentou.