Exceções a cortes salariais são um precedente gravíssimo

Se o Governo abrir regimes de exceção face aos cortes salariais, designadamente em empresas como a TAP, criando portugueses de primeira e de segunda, abrirá também um precedente gravíssimo, alertou o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, Basílio Horta, em declarações à Imprensa.

Essa, sublinhou Basílio Horta, “é das coisas mais graves que se podem fazer na presente conjuntura”.

Para o parlamentar do PS, “há duas coisas que, a ocorrerem, podem ser muito graves mesmo para o nosso país: A primeira é a falta de esperança; a segunda é a distribuição injusta de sacrifícios”.

E interrogou-se depois sobre os motivos que levam o Governo de direita a considerar que “a TAP, a Caixa Geral de Depósitos ou o Banco de Portugal têm um regime diferente das restantes empresas”.

Lembrando que os reformados estão a ser tratados de modo “ignóbil, a todos os níveis, só porque não fazem greves”, Basílio Horta vincou que o que está a acontecer em Portugal “já ultrapassa o domínio da economia e entra nos campos da política e da ética”.