Na sua intervenção, na emblemática Praça do Giraldo, o líder socialista começou por assinalar que o PS tem sido, nesta campanha autárquica, o alvo escolhido por todos os restantes partidos, uma ‘distinção’ que apenas vem reconhecer uma evidência: que o PS é o único partido com força para ser alternativa e a escolha de governação autárquica em cada um dos concelhos, como o é também para o concelho de Évora.
“O PS é, desde 2013, o maior partido nas freguesias e nos municípios”, a nível nacional, e, em 2017, “voltou a sê-lo”, sendo também “o único partido em Portugal que está presente em todas as regiões do país”, lembrou. “E a realidade”, acrescentou, é que, “em cada um dos concelhos, a escolha é sempre uma, ou é o PS e as coligações PSD/CDS-PP ou é o PS e a CDU”.
Para António Costa, o que é certo aos olhos dos portugueses é que as eleições do próximo domingo “são muito importantes” para que o país não se desvie do caminho iniciado quando, “no final de 2015, virámos a página da austeridade” e que foi continuado “quando, a partir de 2017, conseguimos que o país voltasse a convergir com a União Europeia e tivesse finanças públicas saudáveis”.
“Continuámos no caminho certo, mesmo quando tivemos de enfrentar uma terrível pandemia e, ao contrário do que muitos pensavam, não respondemos a esta crise com austeridade”, mas antes “com solidariedade”, prosseguiu o líder socialista e primeiro-ministro, acentuando, de seguida, a importância determinante do reforço do Serviço Nacional de Saúde. “Entre 2015 e 2019, nós repusemos no SNS tudo aquilo que o PSD e o CDS tinham cortado, continuámos a reforçar o SNS em 2020 – mal sabíamos nós que a pandemia vinha aí a caminho – e ainda reforçámos mais para responder à pandemia”, sustentou.
Afirmando que este é um investimento estratégico para o país, António Costa assegurou que o reforço do SNS vai prosseguir, como uma marca da governação socialista no país e em cada um dos seus territórios, dando o exemplo do Hospital Central do Alentejo, em Évora, reivindicado há décadas, que “já está em obra e que deixou mesmo de ser uma ficção”.
E, mais uma vez, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do país, cujas críticas que lhe têm sido dirigidas nesta campanha causam “perplexidade”, vai desempenhar aqui um papel preponderante.
“O PRR é para investirmos na habitação, é para investirmos no transporte público, é para equiparmos os centros de saúde, é para podermos desenvolver uma rede de cuidados continuados integrados. É para desenvolver o nosso país e para servir as nossas populações”, sublinhou António Costa.
Valorizar Évora
Na sua intervenção, o candidato à presidência da Câmara, José Calixto, apelou a uma grande mobilização no dia 26, afirmando que o PS é a única alternativa à atual gestão da CDU no município.
“Iremos apelar no voto útil e à consciência de todos de que existem duas alternativas nestas eleições”, afirmou José Calixto, sublinhando que, no próximo domingo, os eleitores do concelho vão escolher entre “a continuidade do marasmo de uma gestão comunista cheia de preconceitos e dogmas” e uma gestão do PS que pretende “valorizar Évora”.
O candidato socialista disse sentir que “Évora quer mudar”, pois o concelho “perdeu poder de compra, perdeu jovens e o orgulho do património infinito que tem no mais importante centro histórico do país”.
“É a luta contra esse estado de estagnação e de retrocesso que a gestão comunista tem transmitido a este concelho nos últimos oito anos que nos dá motivação para, no dia seguinte às eleições, começar a trabalhar arduamente”, sublinhou.
Acusando a gestão da CDU de “passar ao lado dos fundos comunitários” e não ter aproveitado o programa operacional regional, José Calixto afirmou a intenção de captar “grandes projetos” para a cidade, para tornar Évora “um dos melhores concelhos para viver em Portugal”.
“Não há forma de levarmos para frente um concelho se tivermos, constantemente, a passar culpas para o poder central e isso é o que tem acontecido em Évora, até com a devolução de competências e com o desleixar do parque escolar”, vincou.
Na sua intervenção, José Calixto saudou também a realidade, “já em obra”, do novo Hospital Central do Alentejo e prometeu “trabalhar desde o primeiro momento” no projeto de um centro de congressos para a cidade.
“Vontade de mudança” em Alcácer do Sal
A caminho de Évora, António Costa esteve também em Alcácer do Sal, onde fez questão de se deslocar para manifestar o seu apoio à candidata socialista à presidência do município, Clarisse Campos, dirigindo-se até ao Largo Luís de Camões, no centro da cidade, percurso durante o qual foi dialogando com a população.
No largo, o secretário-geral do PS, acompanhado pela mulher, tomou um café com Clarisse Campos, tendo escutado a candidata socialista a afirmar que, depois de oito anos de liderança comunista, as pessoas do concelho estão com “muita vontade de mudança”.
“Há quatro anos, ficámos a 300 votos. E, portanto, este ano estamos convictos de que, no dia 26, vamos estar ali já com a vitória para o PS e, principalmente, para fazer um trabalho como deve ser para o concelho de Alcácer do Sal”, frisou.
