Para o primeiro-ministro, António Costa, que ontem, no âmbito da iniciativa ‘Governo Mais Próximo’, foi à capital de distrito subscrever um conjunto de protocolos com a autarquia local, a “extraordinária base de partida” que constitui o riquíssimo património cultural da cidade e de toda a região, dá sobejas garantias, como defendeu, de que Évora saberá aproveitar esta realidade para um processo “muito marcante” de desenvolvimento de todo o território.
A Capital Europeia da Cultura Évora 2027 terá de marcar de forma indelével, ainda segundo António Costa, “o impulso de uma nova etapa de progresso e de desenvolvimento” da cidade e de toda a região envolvente, designadamente “conquistando também novos públicos para a cultura”, garantindo o primeiro-ministro que o Governo socialista não deixará de dar à autarquia e aos agentes culturais locais “todo o apoio e cooperação” antes e durante a realização deste evento cultural.
O que o país espera, disse ainda o chefe do Governo, é que esta iniciativa, em 2027, “seja um grande momento” não só para potenciar o desenvolvimento da cidade e da região, mas que contribua também para reforçar o “prestígio internacional do país e da sua participação na Europa”, lembrando que os protocolos assinados momentos antes com a edilidade eborense têm a ver, sobretudo, com o financiamento e o estabelecimento da entidade gestora.
Neste sentido, António Costa lembrou que um dos protocolos prevê a possibilidade de investimentos de mais de “cinco milhões de euros” em “concelhos vizinhos”, elevando para “34 milhões de euros a verba inicialmente anunciada pelo Governo”, enquanto que um segundo protocolo, também assinado ontem, tem a ver com a estrutura de gestão do evento, cujo modelo jurídico, como salientou, “deverá ficar decidido entre julho e agosto” próximos.
Apoio financeiro de 29 ME
Évora vai dividir com a cidade de Liepaja, na Letónia, em 2027, o titulo de Capital Europeia da Cultura. Uma decisão que levou, já em dezembro passado, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, a anunciar que a iniciativa portuguesa irá contar com uma dotação financeira de 29 milhões de euros, repartida por 15 milhões de euros de financiamento nacional, 10 milhões de fundos europeus, provenientes do Programa Operacional do Alentejo e mais quatro milhões de euros do Turismo e Portugal, havendo ainda a acrescentar como mencionou ainda António Costa, os já anunciados cinco milhões de euros destinados aos territórios envolventes.