Eventuais sanções da Comissão Europeia soam a vingança e provocação
“Se juntarmos a tudo isso esta possibilidade (aplicação de sanções) e, sobretudo, a insistência com que se tem falado neste assunto, soa a vingança e a provocação”, afirmou Vasco Cordeiro, no final de uma audiência, em Ponta Delgada, concedida à direção da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
O chefe do Governo Regional explicou que se trata de vingança porque “o que está em causa é, eventualmente, a discordância com um conjunto de medidas que têm sido tomadas, e bem, pelo Governo português”.
E também soa a provocação porque, frisou, “não é admissível que, de boa fé, quem diz que não toma medidas em relação a um determinado país (França), porque se trata desse país em concreto, fale em abordar sanções a outros países”.
Vasco Cordeiro sublinhou que Portugal “está a cumprir, pelos vistos até melhor do que inicialmente previsto”, o que consta do Orçamento do Estado para 2016, acrescentando que se o documento “teve luz verde” por parte da UE “não são certamente razões que se prendem com o funcionamento” das “finanças públicas que podem estar na base desta intensidade com que se coloca a ameaça de sanções”.